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Paralisação

Professores em greve intensificam mobilização

A próxima semana se iniciará com mobilização de professores para fortalecer a greve, deflagrada na terça-feira durante a assembleia estadual realizada em Porto Alegre. Mesmo com o pagamento de parcelas do salário do mês que chegam a R$ 800,00, a categoria avisa que não irá baixar a guarda. É o que garante a diretora do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Cira Kaufmann. “O valor depositado é inferior ao salário mínimo. Não haverá desmobilização e enfraquecimento do movimento.”

A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) deseja quitar a folha de agosto até quarta-feira. O valor total para ativos, inativos e pensionistas, sem considerar consignações e tributos, chega a R$ 1,14 bilhão. O magistério quer garantias do governo de José Ivo Sartori (PMDB) de que os parcelamentos não voltarão a ocorrer até o fim do mandato, ou seja, nos próximos 15 meses. Membros do Cpers irão se reunir na terça em frente ao Palácio Piratini, com instalação de acampamento na Praça da Matriz e tentativa de negociação com o Executivo.

Nesta segunda-feira à tarde, o 18º Núcleo do Cpers fará visitas a escolas em Boqueirão do Leão. Protestos estão programados para Venâncio Aires e Rio Pardo. Em Santa Cruz do Sul, alunos também organizarão um ato público, com início às 9 horas, na Praça Getúlio Vargas. “Vamos iniciar a semana com visitas a escolas, principalmente nas que não aderiram ao movimento ou apenas de forma parcial”, explica Cira Kaufmann.

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Polícia Civil limita serviços

Alguns serviços nas delegacias de polícia estão suspensos, como o registro de ocorrência para casos sem gravidade. São registrados apenas crimes graves, principalmente que envolvam crianças, adolescentes e idosos, e casos de violência doméstica. Orlando Britto de Campos Júnior, representante do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm), explica que a medida foi adotada desde o primeiro parcelamento dos salários, em julho de 2015. “Os servidores estão com um pouco mais de R$ 500,00 do salário pago. Isso compromete a estrutura familiar, principalmente se for dependente dessa fonte de renda. É algo que se repete, chegamos ao vigésimo parcelamento.”

CRE recomenda manter escolas abertas e repor aulas

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O coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, afirmou que os diretores receberam documentos com a orientação de manter as escolas abertas, independente de aderirem à greve ou não, em virtude da necessidade da comunidade. Ele explicou que as escolas devem elaborar um calendário para recuperação das aulas após o dia 16 de dezembro, quando termina o ano letivo. 

Segundo Moura, até a quarta-feira, quando foi realizado um levantamento, das 103 escolas na 6ª CRE, oito estavam totalmente paralisadas. Somente duas em Santa Cruz do Sul.
Cira Kaufmann observou que a reposição das aulas está condicionada ao fim do parcelamento de salários. Essa decisão foi tomada durante a assembleia estadual no dia 5. Os professores também reivindicam o pagamento dos juros dos empréstimos que fizeram junto ao Banrisul, no fim do ano passado. Uma outra questão é a defasagem de 82,42% em relação ao piso nacional, fixado em R$ 2.298,80. n

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