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Professores do Paraná decidem continuar greve após assembleia

Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira, 5, os professores estaduais do Paraná decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. A categoria está paralisada há oito dias, e foi a principal mobilizadora dos protestos contra o governo de Beto Richa (PSDB), em que uma ação policial deixou quase 200 feridos na última quarta-feira, 29. Eles protestavam contra uma proposta do governo que modifica a previdência dos servidores públicos estaduais. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa na última quarta-feira, 29.

Agora, o motivo principal da greve é em relação à data-base da categoria, que venceu em maio. Em reunião na manhã desta terça, a Secretaria de Educação, segundo o sindicato, propôs pagar a correção pela inflação em duas parcelas (cerca de 8,4%), ou 5% em cota única ou também em duas parcelas. “Nós rejeitamos as propostas”, afirmou o secretário de comunicação da APP Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues. “Queremos que o governo cumpra a lei e pague a correção da inflação em parcela única.”

Cerca de 8 mil professores, segundo o sindicato, compareceram à assembleia, realizada no Estádio Durival de Britto e Silva, em Curitiba. “A greve continua” e “Fora Beto Richa”, gritavam os professores nas arquibancadas. O governador e o secretário de Segurança do Paraná, Fernando Francischini, foram vaiados ao serem mencionados em discurso do presidente do sindicato, Hermes Leão. Representantes de movimentos sociais e sindicatos de outros Estados do país também acompanhavam a assembleia.

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