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Professores devem participar de novos atos na próxima semana

Após uma semana de agenda intensa de mobilizações pelo Estado, o Cpers/Sindicato pretende movimentar a categoria também nos próximos dias. A expectativa é pela assembleia unificada com participação de servidores das áreas de educação, saúde e segurança, na próxima terça-feira, em Porto Alegre.

Além disso, os representantes dos professores devem recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que negou pedido de liminar que buscava o impedimento do corte do ponto, anunciado pelo governador Eduardo Leite.

“A greve tem um tempo para durar e nós estamos notando que estamos conseguindo manter um dinamismo que não tínhamos nas outras manifestações”, afirma a vice-diretora do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Sandra Maria Lemos dos Santos.

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De acordo com ela, o movimento ainda permanece forte em razão do grande apoio de estudantes, familiares e comunidade. Apesar das ameaças do governo sobre corte do ponto, ela acredita que, ao recorrer, a decisão será satisfatória para o magistério, como ocorreu em 2016 e 2017.

O grupo também deve marcar presença no dia 17, quando o pacote vai à votação na Assembleia Legislativa. Antes disso, o comando de greve da capital vai repassar nova agenda de mobilizações aos municípios.

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Em todas as frentes

Um grupo de professores de Rio Pardo protestou na BR-471 nessa quinta-feira, 5. Os docentes em greve pediram o apoio da comunidade. Além disso, ao longo dessa quinta-feira, servidores da segurança pública seguiram a Porto Alegre para participar de ato em frente ao Palácio Piratini. Da região, cerca de 400 pessoas estiveram na capital.

Em Santa Cruz do Sul, um grupo de professores bloqueou o trânsito na RSC-287. O fluxo de veículos era trancado por alguns minutos, enquanto os professores exibiam faixas e cartazes e entregavam panfletos aos motoristas, e depois era liberado. Em uma das faixas, era possível ler “Na luta em defesa da educação pública”. O ato foi realizado das 15 às 16 horas, para conscientizar sobre as demandas dos professores com a paralisação.

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Cenário atual

Na região de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), são 25 escolas em funcionamento normal, 18 em greve e 55 em atendimento parcial. Já em Santa Cruz do Sul são cinco totalmente paralisadas e 14 parcialmente.

Os números sinalizam que a greve vem perdendo força na região. Segundo o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, ao longo desta sexta-feira, 6, algumas escolas devem reunir os professores para decidir se continuam ou não na mobilização.

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Conforme Moura, a coordenadoria tem enviado uma série de recomendações às instituições de ensino para orientar as equipes no momento do retorno. A recuperação das aulas, por exemplo, poderá contar com sábados e, também, com o turno oposto, mediante a disponibilidade dos estudantes e do transporte escolar.

“Essa é, aliás, nossa grande preocupação, já que as escolas municipais encerram o ano em breve”, afirma. Na próxima segunda-feira todos os coordenadores também participam de reuniões com o governador Eduardo Leite e com o secretário estadual da Educação, Faisal Karam, em Porto Alegre.

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Grupo protestou em Rio Pardo e pediu o apoio da comunidade para o movimento de paralisação dos professores
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