A professora aposentada Sônia Maria Dettenborn Luz, moradora de Santa Cruz do Sul, recebeu na semana passada um certificado de honra ao mérito pelo trabalho de contadora de histórias. Concedida pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF), a homenagem reconheceu sua contribuição no incentivo à leitura. Natural de Passo do Sobrado, a educadora, de 65 anos, se dedica há mais de três décadas à literatura e ao ofício de contar histórias. Atuou em instituições das redes privada e pública – incluindo a Escola José Mânica e o Colégio Luiz Dourado, de Santa Cruz – e na Unisc.
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Ela esteve no Distrito Federal para o encontro da Associação Amigos da História, que reuniu contadores e especialistas da área de todo o País. Sônia e outra colega, Vera Hoffmann, de São Leopoldo, representaram o Rio Grande do Sul. Elas conversaram com chefes das tribos indígenas Pataxós e Potiguara e compartilharam experiências. Em um sítio, a 60 quilômetros de Brasília, se reuniram ao redor de uma fogueira para contar histórias. “Foi muito significativo saber um pouco mais sobre a ancestralidade dos indígenas”, afirmou.
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A visita na Câmara dos Deputados era parte da programação do evento. Além de Sônia, outros colegas foram agraciados com o certificado, incluindo a professora Vera Hoffmann.
“Contar histórias me move”
A arte de contar histórias acompanha Sônia desde a infância. Ela costumava compartilhar os seus relatos com a família e pessoas próximas. Mais tarde, buscou a formação na área pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) – na época, coordenada pelo Centro de Linguagem (Celin) –, onde também obteve o mestrado em Literatura.
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Por mais de três décadas, trabalhou em oficinas e na formação de leitores e de clubes de literatura, sempre incentivando o ato de contar histórias. Após se aposentar, passou a se dedicar ao ofício e contribuir na formação de professores e contadores de histórias no Rio Grande do Sul. Em 2019, foi eleita personalidade incentivadora da Feira do Livro de Santa Cruz. “Contar histórias me move”, disse.
Para exercer o ofício, segundo ela, o narrador precisa ter um conhecimento de uma ampla variedade de obras e encontrar um jeito ímpar para contá-las. “Temos que procurar o nosso perfil de contador, a nossa maneira única de contar e de ampliar essas possibilidades que os textos nos trazem”, ensina.
Saiba mais
O certificado entregue à educadora pela deputada federal foi uma homenagem ao Dia Internacional do Contador de Histórias, celebrado nesta quarta. A data foi criada na Suécia, em 1991, para reconhecer a prática, que existe há séculos.
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