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CIÊNCIA

Professor da Unisc faz descoberta inédita sobre Michelangelo

Retrato do artista mostra a artéria temporal superficial dilatada | Foto: Divulgação

Um estudo conduzido pelo professor Deivis de Campos, que atua na área de anatomia humana na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa), resultou em nova descoberta científica sobre Michelangelo. A pesquisa aponta que o famoso artista do Renascimento italiano pode ter sofrido da doença de Horton, o que explicaria os sintomas que ele apresentava no fim da vida, como cegueira e problemas neurológicos. O trabalho foi publicado na revista Neurological Sciences.

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Campos conta que estuda as obras e a vida de Michelangelo há dez anos e fez uma série de descobertas nesse período. As novidades ganharam repercussão internacional e foram divulgadas por veículos como a revista Forbes e os jornais The Guardian e Daily Mail. “Nesse sentido, no fim do ano passado, eu analisei algumas representações e percebi um detalhe anatômico nas têmporas do artista que ainda não havia sido explorado”, salienta. Essa alteração poderia ser um indicativo de que Michelangelo pode ter sido portador da doença de Horton.

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Isso pode justificar a cegueira que o renascentista enfrentou na velhice, bem como a depressão e outras debilidades neurológicas. “É algo muito relevante, pois até agora a literatura especializada não tinha conseguido explicar a verdadeira origem desses problemas. Esse sempre foi um tema que motivou especulações entre os especialistas.”

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Para realizar o estudo, Campos analisou dois retratos e uma escultura de bronze, feitos entre 1535 e a segunda metade do século 16, nas quais Michelangelo foi retratado quando já tinha mais de 60 anos. “Nessas obras fica evidente, nas têmporas do artista, a dilatação da artéria temporal superficial, o que é compatível com o padrão encontrado nos pacientes portadores da doença de Horton”, detalha.

Entenda

Também conhecida como arterite de células gigantes, a doença afeta geralmente pessoas com mais de 50 anos de idade e é mais prevalente em indivíduos do Norte da Europa ou de ascendência escandinava. Ela atinge as artérias temporais superficiais, responsáveis por irrigar uma parte do couro cabeludo.

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Os doentes acabam tendo o revestimento dessas artérias inflamado ou danificado, de modo que a dilatação é um dos principais sinais físicos. Além disso, estudos indicam que a doença de Horton pode causar depressão e cegueira, sendo a última uma das complicações mais graves. “Assim, existem fortes indícios de que Michelangelo poderia realmente ser portador.” Outras possibilidades identificadas por Campos são a doença cardiovascular subjacente e arterioesclerose crônica, pois ambas podem apresentar sintomas semelhantes e compatíveis.

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