O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) da Brigada Militar encerrou o ano de 2019 com 3.677 crianças formadas no Vale do Rio Pardo. A iniciativa foi desenvolvida em escolas públicas e privadas. Os dados divulgados pelo Comando Regional nesta sexta-feira, 24, mostram que, ao longo do ano, a iniciativa abrangeu 25 municípios, 11 no primeiro semestre e 14 no segundo.
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Focado na prevenção do uso de drogas e na cidadania, o programa fornece modelos de tomada de decisões, fazendo com que eles reflitam sobre as próprias atitudes, como relata o comandante regional da Brigada Militar, coronel Valmir José dos Reis. “Porque ele é um programa que tem uma função principal, em qualquer área pública, que é a da prevenção. Pois nós podemos remediar, corrigir e reprimir, mas, antes de tudo, temos que prevenir, para que o que escape disso, seja feita a repressão”, afirmou.
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O objetivo do programa é orientar e prevenir através de ações educacionais quanto às consequências que as drogas podem causar na vida das pessoas. Reis explica que, após a formatura, a missão dos alunos é disseminar os valores e conhecimentos assimilados. Com isso, eles se tornam multiplicadores das informações na escola, na família e nos demais ambientes. Na região, desde o início do programa, em 1999, já são mais de 56 mil “proerdianos”, como são chamados os participantes do programa.
Conforme o comandante regional da BM, a integração entre família, escola e polícia é a base para o desenvolvimento do programa. “É um programa que vai na essência da questão da segurança pública, na essência desse combate diário que nos traz um grande encaminhamento de resposta e de repressão na área policial”, ressaltou.
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O comandante destaca que a prevenção sempre é a melhor opção de segurança pública. “Por isso a queda que nós apresentamos nos últimos dias em todos os indicadores de criminalidade da região. É um dado técnico de um banco único de informação, tanto da Brigada Militar quanto da Polícia Civil, e que despencou os indicadores de criminalidade nesse ano, na nossa região”, explicou.
O Proerd é inspirado no programa americano Dare criado em 1983, em Los Angeles, inserindo a polícia nas escolas para prevenir o uso de drogas por crianças e adolescentes.
Pacote anticrime
Durante entrevista para a Rádio Gazeta 107.9 FM, o coronel falou ainda sobre o pacote anticrime do governo federal, que começou a vigorar nessa quinta-feira, 23. Ele endurece parte das regras da legislação penal no país. Na opinião de Reis, nada muda na prática para quem combate o crime. “Quando um policial militar vai tomar providências em uma ocorrência, ele não tem muito o que se preocupar, ele tem que se preocupar com a segurança dele e das pessoas que estão envolvidas. Ele tem que fazer o melhor do que ele pode fazer, pois não há receita pronta para ocorrência policial. Cada uma é diferente da outra. Só se sabe como ela começa e não se sabe como ela termina”, afirmou.
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As alterações na lei permitem que o agente de segurança seja investigado para verificar se algum excesso eventualmente cometido foi intencional. A prisão em flagrante, no entanto, é proibida para os casos de legítima defesa e também na reação à injusta agressão. Caso haja prisão e o juiz verificar situação de excludente de ilicitude, deverá soltar o policial ou militar.
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