A manhã dessa Sexta-feira Santa, 10, foi movimentada na Feira Central de Santa Cruz do Sul. Para garantir o pescado para o tradicional almoço, muitas famílias foram até o local que funcionou entre as 7 horas e 11h30. As vendas, segundo os organizadores, chegaram a 12 toneladas.
O vigilante aposentado, Jerson da Rosa, 57 anos, foi buscar filé de traíra, o preferido dos filhos Jeferson, Jeverton, Vitor e Sabrine. “Sexta-feira Santa tem que ter peixe. Eu não sou fã, mas como. Meus filhos adoram. Minha esposa Seloni, 48 anos, tem uma receita que só ela sabe, fica uma maravilha.”
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Edson Schuk, 43 anos, vende peixes na Feira Central há cinco anos. Na banca, ele comercializa carpas, jundiá, traíra, pintado, lascas, entre outras variedades. “Nas primeiras horas tivemos um bom movimento, chegou a formar uma pequena fila. Eu coloquei à venda cerca de duas toneladas e meia, um pouco menos do que o ano passado. Nós todos estávamos receosos com esta crise, mas dentro de todos esses problemas, tivemos saldo positivo”, disse.
Perto dali, em uma peixaria, também havia bastante procura pelo pescado. Para melhor atender aos clientes e respeitando as orientações da Secretaria de Saúde, o estabelecimento foi aberto às 7 horas e seguiu até o meio-dia. Duas pessoas por vez entravam e faziam os pedidos, evitando aglomeração. Como opção, o local também oferecia o alimento já preparado e o mais pedido foi iscas fritas.
“Estamos tendo um bom movimento, as pessoas estão mantendo a tradição de evitar carne vermelha. Na quinta-feira, colocamos à venda 300 quilos de salmão, em poucas horas não tínhamos mais”, comentou uma das gestoras da peixaria, Flávia Behling, 45 anos.
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O presidente da associação dos piscicultores de Santa Cruz do Sul, Silvério Fischer, comentou que a movimentação nas feiras de peixe vivo foi grande. “Vendemos mais de 12 toneladas de pescado. A procura foi intensa, o pessoal veio até a última hora. Acredito que 90% da população chegou a ir aos pontos de venda”, comemorou.
Silvério Fischer ainda avalia que para poder suprir a necessidade de todos, teriam sido necessárias 20 toneladas de peixe. “Em 2019, chegamos a vender 17 toneladas. Este ano, nossa produção visava a comercialização de, pelo menos, 20 toneladas. Por conta da pandemia a gente ficou com receio de despencar os peixes e não vender, não sabíamos se teria comercialização.”
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