Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

Agricultura

Produtores gaúchos já colhem a nova safra de arroz

Colheita deve seguir até maio em razão do atraso de semeadura causado pela chuva. Muitos só conseguiram plantar em novembro

Rio Grande do Sul já começou a colheita de arroz referente à safra 2019/2020. No total, os orizicultores gaúchos plantaram nesta etapa 946 mil hectares. As primeiras lavouras colhidas ficam na região compreendida pelo 28º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A propriedade da família Bizarro deu início aos trabalhos na última segunda-feira, 3, na área de 120 hectares entre os municípios de Taquari e Triunfo, que fica na localidade de Costa de Santa Cruz, região da Planície Costeira Interna.

Na região central do Estado, movimentação de colheitadeiras também já pode ser observada. O engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do escritório do 5º Nate, ressalta que a colheita começou esta semana e está concentrada em lavouras semeadas com cultivares precoces, implantadas no fim de setembro do ano passado. A expectativa é de que a ceifa siga até o mês de maio em razão do atraso de semeadura causado pelas chuvas. Muitos arrozeiros conseguiram plantar apenas em novembro, o que atrasou a emergência das plantas.

O especialista alerta que as lavouras que tiveram esse atraso têm potencial produtivo muito baixo, pois ficam fora da janela de cultivo recomendada. Em Pantano Grande, Passo do Sobrado e Rio Pardo, compreendidos pelo 5º Nate, a média de produtividade projetada para esta safra gira em torno de 7,2 mil quilos por hectare. Atualmente, esses municípios contam com 150 produtores de arroz, que plantaram 12,5 mil hectares no ciclo 2019/2020 – Rio Pardo com 7,7 mil hectares; Pantano Grande com 4,2 mil hectares e Passo do Sobrado com 600 hectares.

Publicidade

Situação no 27° Nate
A colheita ainda não começou nos 15,9 mil hectares cultivados nos oito municípios compreendidos pelo 27º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nate) do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A tendência é de que as primeiras lavouras sejam colhidas apenas dentro de duas semanas. O agrônomo José Fernando Rech de Andrade, chefe do Nate, explica que o desenvolvimento das lavouras atrasou muito em função das enchentes registradas no ano passado. “Algumas foram plantadas só no fim de dezembro”, conta.

Dentro do mês de fevereiro, Andrade destaca que o montante colhido não deve ultrapassar 70 hectares. Para a safra 2019/2020, a média de produtividade deve ficar em 150 sacos por hectare. Por conta dos atrasos produtivos, a colheita só deve ser encerrada no fim de maio. “Como levamos 90 dias para semear, vamos levar 90 dias para colher.” O 27° Nate conta com aproximadamente 400 orizicultores, nos municípios de Candelária, Novo Cabrais, Cerro Branco, Vale do Sol, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul.

LEIA TAMBÉM: Cultivo racional: menor uso de água e maior produção de arroz

Publicidade

PREÇO
Nas últimas duas semanas o preço da saca de arroz tem reagido no mercado. Conforme o engenheiro agrônomo Ricardo Tatsch, chefe do escritório do 5° Nate do Irga, atualmente o preço está em torno de R$ 50,00.

“Esse valor ameniza um pouco os prejuízos dos agricultores, pois os custos de implantação das lavouras foram muito altos nesta safra”, explica. Antes da elevação, os arrozeiros recebiam em torno de R$ 46,00 pela saca de 50 quilos.

“Esperamos que o preço não volte a baixar para que o produtor possa ter algum lucro real”, comenta.

Publicidade

Abertura está programada para a próxima semana
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) realiza a 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas na próxima semana. A programação acontece de 12 a 14 de fevereiro na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Capão do Leão, no Sul do Estado. Na edição deste ano, a temática escolhida pelos organizadores é Intensificação para Sustentabilidade. As inscrições gratuitas podem ser feitas na entrada do evento.

O objetivo das atividades é desenvolver o setor orizícola e reunir produtores, autoridades, entidades e empresas do agronegócio do arroz com a finalidade de mostrar a campo os últimos avanços científicos e tecnológicos na cultura arrozeira. A intenção também é discutir a realidade socioeconômica do setor em nível nacional e internacional. A programação terá palestras, conversas técnicas, oficinas, feiras e dinâmicas de equipamentos. Todos os detalhes podem ser conferidos no site www. federarroz.com.br/colheita.

LEIA TAMBÉM: Perdas na produção de arroz em Rio Pardo chegam a 15%

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.