As negociações para definir as tabelas de valores do preço da safra de tabaco tem uma rodada de encontros nesta terça e quarta-feira, 14 e 15, entre representantes dos produtores e das indústrias, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul. As articulações começaram no dia 18 dezembro, com a reunião com a JTI para analisar a proposta de preço, mas sem acordo. Conforme acertado com as empresas, apenas seriam recebidas no mês passado as que tivessem reajustes com base no índice do custo de produção de cada fumageira.
Na nova rodada de encontros, no primeiro dia, o início da manhã foi dedicado à reunião dos representantes de entidades para o alinhamento da negociação que definirá o preço mínimo a do tabaco na safra 2024/2025. Após, até o meio-dia de quarta-feira, são recebidas, em reuniões individuais, 11 empresas fumageiras (Alliance One, BAT, Brasfumo, China Brasil, CTA, JTI, Philip Morris, Premium Tabacos, Tabacos Marasca, Universal Leaf e UTC).
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A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Afubra e federações da agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos trabalhadores rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, enfatiza que, segundo acordado pela comissão com as empresas fumageiras, estas devem vir com propostas concretas.
“Enviamos correspondência a todas as indústrias solicitando que a proposta de reajuste deve estar embasada, no mínimo, no custo de produção. Não iremos considerar proposta inferior à variação do custo apurado em conjunto”, explica o dirigente.
“Caso a empresa não esteja disposta ou em condições de atender a este requisito, sugerimos considerar a possibilidade de abdicar da agenda, pois não será considerada como negociação. Esperamos propostas justas, que valorizem o produtor e o sistema integrado.”
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A Fetag estará representada na rodada de negociação e informou que o momento é aguardado com expectativa pela entidade, que está otimista quanto às possibilidades de um desfecho favorável aos produtores. Conforme a federação, o cenário atual é positivo para a venda da safra.
A qualidade do tabaco produzido é considerada ótima, não há estoques acumulados e o alto valor do dólar torna as exportações ainda mais atrativas. Esses fatores criam condições favoráveis para que as indústrias sigam a tendência observada no ano passado, adquirindo o produto a preços competitivos e justos para os agricultores.
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A Fetag reforça a importância do diálogo entre as partes envolvidas e espera que as negociações resultem em avanços significativos, garantindo a manutenção da sustentabilidade econômica dos produtores e o fortalecimento do setor. A entidade será representada nos encontros pela diretora Camila Rode e pela assessora de Política Agrícola Carla Schuh.
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