A desaceleração da pandemia e o avanço da vacinação levaram os santa-cruzenses de volta às feiras rurais. Na manhã de sábado, dia em que há tradicionalmente mais movimento, o dia ensolarado e relativamente quente fez centenas de pessoas deslocarem-se em busca de frutas, verduras, hortaliças e produtos coloniais diretamente com quem os produz, garantindo qualidade na alimentação e apoio à agricultura familiar.
Herdeiros da atividade do pai, os feirantes Cristiano Luiz Walter e Vanessa Walter comemoram a boa procura que tem ocorrido nas últimas semanas na feira junto ao Parque da Oktoberfest. “Com esses dias bons de sol, o pessoal tem saído de casa e as verduras estão bonitas porque o clima vem ajudando. Muitos saem para caminhar e acabam parando aqui para comprar”, diz Cristiano. Em sua banca, os produtos mais buscados são os utilizados em sopas e caldos, como cenoura, moranga e batata doce. Além disso, a bergamota e os morangos estão em alta.
A mesma percepção é relatada pelo feirante Clóvis Volmir Erdmann, presente na Feira Rural do Arroio Grande há cerca de 20 anos. Segundo ele, os produtos utilizados em comidas quentes de inverno têm mais saída nesse período, mas a banca acaba vendendo um pouco de tudo. Além das hortaliças, também são comercializados pães, cucas e bolachas, tudo produzido pela família. Ao comentar sobre a pandemia, Erdmann diz que a Covid-19 afastou os fregueses, mas aos poucos eles estão retornando e o movimento na feira vai se normalizando.
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Em relação ao movimento de consumidores, os agricultores presentes na Feira Orgânica do Bairro Santo Inácio também estão contentes. No final do ano passado, quando completou um ano da mudança da estrutura da Praça da Pasqualini para a Praça Hainsi Gralow, os feirantes se queixavam do novo local, que acabou reduzindo a visibilidade. Uma das feirantes mais antigas, Ane Lore Schweickardt diz que a procura é intensa no turno da manhã e diminui à tarde.
Segundo Ane Lore, a feira ainda é pouco visível por estar em um local com menor circulação de pessoas e veículos, mas a vizinhança e os fregueses antigos comparecem. “O pessoal que já era nosso cliente e que procura produtos orgânicos continua vindo normalmente”, afirma. “Quando houve a troca de local eu preferia que tivessem feito lá na esquina (na Rua Augusto Spengler), mas optaram por nos esconder aqui. Ainda assim, o povo nos abraçou”, completa Ane Lore.
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