Quase três meses após um poste cair e matar um boi na localidade de São Martinho, no interior de Santa Cruz do Sul, a família proprietária do animal ainda aguarda por uma posição oficial da RGE.
“Ligamos quase toda semana, mas até hoje não tivemos nenhum retorno. Estamos nos sentindo desprezados. É muita falta de informação e empurra-empurra”, lamenta a produtora rural Rosilene Inês Hochscheidt. Os agricultores buscam o ressarcimento do valor do boi, que era utilizado para o trabalho na roça e foi avaliado em aproximadamente R$ 6 mil.
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A preocupação também é com o estado de outro poste de energia que fica dentro do potreiro da propriedade. “A situação está precária. Todos os nossos animais ficam embaixo da rede, que balança muito em dias de vento”, revela Maurino Hochscheidt.
Na manhã de 18 de novembro do ano passado, o produtor lavrava a terra na área de um vizinho quando um poste caiu sobre a junta de bois. Um dos animais morreu na hora com a descarga elétrica, enquanto o outro sobreviveu, após um desmaio. “Consegui fugir por pouco, mas poderia ter sido uma tragédia”, ressalta.
A precariedade da rede de eletrificação é evidente em toda a localidade. Na Comercial Kelzenberg, Josiane Raquel Kelzenberg frisa que há dois anos pede uma solução para o poste de energia que fica do outro lado da rua, e que está sustentado só pelos fios. “Nossa luz é muito fraca, e muitos aparelhos queimam. Quando os fios arrebentam, a RGE só emenda”, conta.
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A empresária, que é mãe de duas meninas, ainda enfatiza a preocupação com a segurança da família e com os estudantes da Emef Cardeal Leme, que fica em frente ao estabelecimento. A reportagem da Gazeta do Sul entrou em contato com a assessoria da RGE para solicitar um contraponto, mas não obteve nenhum retorno até o momento.
Acionada pela reportagem da Gazeta do Sul, a RGE retornou na manhã de terça-feira, 11, e informou que “o pedido administrativo de ressarcimento está em processo interno e que até o final da semana entrará em contato com o cliente para tratar do caso”. Sobre os postes, a empresa afirma que irá deslocar uma equipe para verificar a situação. “Caso seja identificado risco iminente, a empresa efetuará a substituição em caráter de urgência. Caso contrário, a troca entrará no cronograma de obras da empresa.”
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