As últimas safras de trigo têm se apresentado como um fator positivo no setor primário da região. Assim como nos dois últimos anos, o grão mostra produtividade satisfatória e aumento da qualidade, gerando bom rendimento para quem opta por esse cultivar. Alguns municípios do Vale do Rio Pardo, com vistas nos indicadores recentes, têm ampliado a área produzida.
De acordo com o assistente técnico regional na área da produção de grãos da Emater/RSAscar, Josemar Parise, cerca de 10% do trigo plantado na região já foi colhido, estando dentro da expectativa. Outros 50% estariam prontos para a retirada da lavoura. “O restante está em maturação fisiológica. Pelo que temos visto, as condições têm se mostrado propícias e os números são muito bons”, afirma.
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Parise refere-se, especialmente, a dois pontos considerados fundamentais: a produtividade e a qualidade. O primeiro tem apontado entre 50 e 60 sacas por hectare, em alguns casos, superando as 70. Da mesma forma, o peso hectolitro (PH) – o índice balizador da qualificação do produto – está acima de 78 . “Temos observado até 80 de PH”, especifica.
Esses números repetem os de 2020 e são fomentados também pelo valor pago ao produtor pela saca: R$ 83,00. Parise destaca que com metade da produção é possível se pagar os custos, desde que mantidos os resultados percebidos até o momento.
A intensificação da colheita deve ser observada nos próximos dias, entre o fim deste mês e o começo de novembro. “As condições climáticas têm ajudado, com chuvas regulares, favorecendo a colheita. Nessa fase, a planta madura não tolera chuva em excesso, então, tem sido muito positivo. Além disso, vai deixar a terra com mais qualidade para as plantações de verão”, explica Parise.
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O assistente técnico Josemar Parise acredita que o bom desempenho e valores percebidos nas últimas safras vão refletir em aumento da área produzida. Cita municípios da região que têm se destacado, como Encruzilhada do Sul, com 5 mil hectares destinados ao trigo; Pantano Grande e Rio Pardo, com 3 mil hectares cada; e General Câmara, com 1,6 mil hectares.
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“Mantendo-se esse preço, a tendência é que aumente a área. Em anos anteriores, os valores variavam entre R$ 30,00 e R$ 35,00. Nas últimas houve uma reação”, conta. Reação também foi percebida na atual safra, que começou com certa escassez de chuva, prejudicando o desenvolvimento das plantas. “Em agosto e setembro, houve recuperação e elas conseguiram chegar ao tamanho ideal e alcançar a qualidade. Hoje, nosso trigo não perde em qualidade para o argentino, por exemplo”, compara.
A expectativa é de que o Rio Grande do Sul consiga colher em torno de 3,6 milhões de toneladas na safra atual, ante as 2,3 milhões do último ano.
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