Produções da região são destaque na primeira noite do Festival de Cinema

O 4º Festival Santa Cruz de Cinema, que começa nesta segunda-feira, 29, e vai até a próxima sexta-feira, volta, nesta edição, ao Auditório Central da Unisc. As sessões iniciam sempre às 19 horas, a entrada é gratuita e os participantes devem seguir os protocolos sanitários, como uso obrigatório de máscara de proteção e apresentação de carteira ou comprovante de vacinação na entrada. O homenageado é o ator Matheus Nachtergaele e o Prêmio Tuio Becker será concedido ao ilustrador Benício.

A exibição presencial nesta segunda apresenta os cinco filmes locais da Mostra Olhares Daqui. Nesta noite, também ocorre o lançamento, fora da competição, do curta Aquele da Paixão, da produtora Pé de Coelho Filmes. O filme conta a história do sambista e boêmio santa-cruzense Eloir Guedes, o Lói. Após as exibições, às 21 horas será realizado um debate com os realizadores.

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De acordo com um dos organizadores do Festival, Diego Tafarel, a Mostra Olhares Daqui reforça o posicionamento de Santa Cruz do Sul como um polo do audiovisual e demonstra como os filmes locais vêm crescendo em qualidade e narrativa. “A gente ter uma mostra com trabalhos de produtores daqui da região é essencial, porque o Festival é uma vitrine do que tem sido feito no Brasil”, explica. Para ele, a participação no evento é uma importante oportunidade de conhecer cineastas de todo o país. “O Festival acaba sendo essa janela não só de filmes, mas de negócios e contatos, é muito importante para os realizadores daqui e com certeza gera uma grande visibilidade.”

O evento é uma realização do Sesc/RS – Unidade Operacional Santa Cruz do Sul, da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e da Pé de Coelho Filmes, com patrocínio da JTI, da Prefeitura de Santa Cruz do Sul e da Corsan – Governo do Estado do RS – Novas Façanhas, além do apoio da Gazeta Grupo de Comunicações, Cine Santa Cruz, Proeza Beer, Legend Music Bar, Heilige, Aquarius Hotel Flat, Iecine – Governo do Estado RS, Gaveta, Hbier, Amigos do Cinema e Domcello.

Mostra Olhares Daqui

Cacicus, de Bruno Cabral e Gabriela Dullius

Sinopse: Laura vive e trabalha com o pai em uma lavanderia à beira da falência. A troca de mensagens por bilhetes deixados nas roupas com uma cliente traz a possibilidade de fugir do mundo barulhento das máquinas de lavar para um momento de paz e silêncio.

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Foi desenvolvido para a disciplina de Roteirização, Produção e Direção de Curta-metragem do curso de Produção em Mídia Audiovisual da Unisc, em 2019. Os estudantes venderam uma rifa para arrecadar os recursos financeiros para a produção do curta que, por conta da pandemia, teve a finalização e distribuição adiadas para 2021.

“É uma honra participar da Mostra Olhares Daqui, pois ela possibilita uma maior visibilidade do trabalho audiovisual desenvolvido na cidade, apresentando-o para o mercado e também enaltece essas produções, que são a prova de que é possível fazer cinema no interior e de que há pessoas dispostas a fazê-lo”, declarou um dos diretores, Bruno Cabral.

Gabriela Dullius e Bruno Cabral

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Não há ninguém perto de você, de Victor Castilhos

Sinopse: Gabriel recém terminou um namoro e recebe da sua amiga Ana um convite pra morar na Capital. Durante a noite, ele terá de decidir se tenta reatar o namoro, ou se vai com a sua amiga para a cidade grande.

O roteiro foi escrito por Victor Castilhos e Ricardo Pohlmann, que queriam escrever términos de relacionamentos, incluindo o elemento da era digital. O filme foi custeado com recursos da Lei Aldir Blanc municipal. As gravações foram adiadas por conta da pandemia e realizadas quatro meses mais tarde, reunindo amigos que gostam de fazer cinema.

“O Olhares Daqui é um passo importantíssimo para nós, para ver os filmes produzidos em telão. Ver o que funciona, o que não funciona. Ver como é a reação do público diante do teu filme na tela grande. E tudo isso serve para fazermos filmes cada vez melhores, com uma maior qualidade técnica e narrativa”, explica o diretor Victor Castilhos, da produtora Supernova Filmes.

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Victor Castilhos

Enquanto eu respirar, de Thiago Beckenkamp

Sinopse: Após a extinção da vida na Terra, um homem vem do espaço, procurando por algo entre suas desilusões.

O filme foi rodado no fim de 2020 e o roteiro foi inspirado em um sonho do diretor. A produção quis contar uma história sobre se apoiar no falso positivismo e na espera por milagres, sem se responsabilizar pelas consequências dos próprios atos. As filmagens foram realizadas durante a pandemia, aproveitando as ruas vazias, e a equipe foi composta por apenas quatro pessoas.

“Acho muito importante que um festival de cinema possa reservar um espaço para o cinema local. Existem muitos talentos nessa região e é ótimo que essas pessoas possam ser inseridas no festival para terem suas obras vistas e principalmente fazer contatos com outros profissionais da área que frequentam o evento”, disse Thiago Beckenkamp, que apesar de não ser ator, também estrela o curta.

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Thiago Beckenkamp

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O teto das ruas, de Felipe Müller e Luís Alexandre

Sinopse: Fome, frio, chuva e agora a pandemia, essas são algumas das dificuldades que as pessoas em situação de rua enfrentam no seu dia a dia. A história de cinco personagens mostra um pouco mais da realidade daqueles que vivem sob o teto das ruas.

O projeto surgiu durante a disciplina de Documentário, no primeiro semestre de 2021. O grupo tinha a ideia de fazer uma relação entre os moradores de rua e pandemia e entrou em contato com o albergue para entender melhor a situação dessas pessoas. Foram dois dias com gravações de entrevistas no local, para mostrar um pouco da rotina.

“Iniciativas como a Mostra Olhares Daqui servem pra dar valor e voz ao cinema local, incentiva os realizadores a trabalharem mais. Isso sem falar da realização que é ver um filme que tu trabalhou tanto para dar vida passando nas telas de um cinema. É extremamente gratificante e empolgante fazer parte disso tudo”, conta um dos diretores do curta, Luís Alexandre.

Paraíso para duas, de Gianne Vianna

Sinopse: Sem antes, sem depois, apenas o instante. Um recorte de um momento em que não existem preocupações, medo ou culpa, onde o amor pode florescer sem barreiras.

O curta-metragem foi produzido durante o segundo semestre de 2020 para a disciplina de Direção de Arte do Curso de Produção em Mídia Audiovisual. O desafio era criar um filme sem diálogos, em um único cenário, que deveria ser um tipo de sala de aula. Em função da pandemia, as gravações ocorreram com equipe reduzida e em um única diária.

“Fico muito honrada em participar da Mostra Olhares Daqui. O Festival de Cinema de Santa Cruz do Sul com certeza é um grande incentivo para as produções audiovisuais da região e é muito empolgante ver toda a movimentação cultural que ele traz à cidade”, contou a diretora e roteirista do filme, Gianne Vianna.

Gianne Viana

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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