Regional

Produção da amora dispara em Encruzilhada do Sul

Proeminente na fruticultura no Vale do Rio Pardo, Encruzilhada do Sul espera por uma boa safra em algumas variedades, mas também por prejuízos em outras. Mais difundida no ramo de citrus, a amora deve ter safra recorde em 2023, com um aumento na ordem dos 50% em relação ao ciclo anterior. O tempo quente e chuvoso dos meses de novembro e dezembro colabora com a fruta, que gosta desse clima para completar a maturação.

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Segundo o presidente da Associação dos Fruticultores de Encruzilhada do Sul (Afrutes), Paulo Roberto Minuzzi, a qualificação e tecnificação dos processos, bem como o desenvolvimento das árvores, permitiu um aumento de 50 toneladas na produção de amora, que deve chegar a 150 toneladas neste ano. No total, o município tem 19 produtores. No caso do mirtilo, a área se manteve a mesma, com cerca de 5 hectares plantados e uma produção esperada de cerca de 20 toneladas. “O pomar mais antigo está no terceiro ano e os outros no segundo ano. Então, não estão em plena produção”, observa.

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Minuzzi salienta que tanto o mirtilo como o morango sofrem sobretudo com a falta de luz solar para a maturação. “Isso acontece também com a amora, mas, como ela está mais adaptada, consegue lidar com esse calor e a umidade.” Conforme ele, as amoreiras também não enfrentam problemas com doenças provocadas por fungos, a exemplo do que acontece na uva.

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A cultura mais afetada pelo volume de chuvas em 2023 foi a oliva. Segundo o presidente da Afrutes, a safra 2023 deve ter quebra de 40% na produção. Ele explica que a oliveira permanece em floração por um período muito longo e não suporta o excesso de umidade. “Quando a flor está exposta e pega muita chuva, a água lava o pólen e impede que a fruta se fixe na árvore.”

Minuzzi enfatiza que a oliveira fixa cerca de 10% da floração em condições ideais. “Neste ano, com tanta chuva, caiu pela metade. Se fixou 5%, é muito.” Algumas variedades de colheita mais tardia terão resultados melhores. Em outras, precoces, o desfecho ficará muito abaixo do previsto.

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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