Foram 13 anos de espera, mas finalmente os fãs vão saber um pouco mais sobre a história da peixinha esquecida que ajudou Marlin a encontrar seu filho em Procurando Nemo. Procurando Dory, que chegou aos cinemas americanos quebrando o recorde de bilheteria da Pixar – e mantendo a liderança mesmo com a estreia de Independence Day, o Ressurgimento –, chega hoje às telas de Santa Cruz do Sul, focando agora uma das coadjuvantes mais famosas da história do cinema. Confira as salas e horários no boxe da página cinco deste suplemento.
No filme, dirigido por Andrew Stanton, o mesmo de Nemo, Dory tem flashes do seu passado e resolve ir atrás de suas origens, mesmo sem ter memória de curto prazo. Nessa jornada, vai parar num centro de pesquisas, onde recebe a ajuda do polvo Hank. A Pixar já teve de fazer um personagem todo peludo (Sully, de Monstros S.A.), domar os cachos de Merida (em Valente) e reproduzir as emoções de uma menina (em Divertidamente). Mas poucas vezes enfrentou um desafio como o polvo Hank.
“Ele é o companheiro perfeito para Dory, um peixe, porque pode rastejar, entrar em lugares pequenos, mudar de cor”, disse o diretor Andrew Stanton. Pois foram justamente essas facetas que quase enlouqueceram a equipe responsável. Primeiro, era preciso criar seu visual. Jason Deamer, diretor de arte de personagens, tentou aprender o que podia sobre os polvos. Ele observou como esses animais são capazes de não apenas mimetizar a cor, mas também a textura da pele, a forma de outros bichos e o jeito como se movem.
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Stanton conversou com a Agência Estado na sede da Pixar, em Emeryville, perto de São Francisco. “Todo mundo ama a Dory”, acredita ele. “Mas sempre pensei nela como uma personagem triste, que vagava pelo oceano sozinha fazia tempo, sem se lembrar por quê. Conheceu muitos peixes, mas ou eles a abandonaram ou ela se esqueceu deles e foi para outro lado. Então, tinha esse sentimento de abandono. Por isso, ela é tão engraçada e generosa, é como uma armadura.” Questionado se havia algum sentimento de débito para com a personagem, ele contou que depois de assistir novamente a Procurando Nemo, alguns anos depois da estreia, percebeu que não queria mais que ela se sentisse daquela maneira. “Foi isso que me fez querer voltar. Então, sim, eu queria fazer justiça.”
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