Esportes

Procuradoria do STJD arquiva caso de suposto racismo contra Carlinhos, do Flamengo

A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) arquivou o suposto caso de racismo contra o atacante Carlinhos, do Flamengo. O time carioca alegava que seu jogador havia recebido ofensas racistas por parte de torcedores do Grêmio, em partida disputada na arena do time gaúcho, no dia 22 de setembro, pelo Brasileirão.

A Procuradoria tomou a decisão após analisar gravações de áudio e vídeo enviados pelo Grêmio ao STJD, além de laudos e outros documentos. Os procuradores alegam que não encontraram elementos que confirmasse o caso de injúria racial. O time gaúcho chegou a contratar perícias diferentes para checar se houve racismo.

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De acordo com o Grêmio, um dos laudos destaca que “houve um ENORME ERRO cometido pelo site do jornal Lance! contra os torcedores do Grêmio, com reverberação pelas redes sociais”. O periódico havia divulgado vídeo em que supostamente aparecia um torcedor gremista chamando Carlinhos de “macaquinho”

A explicação das perícias é de que a expressão “macaquinho” é equivocadamente induzida pela legenda do vídeo do site do jornal e pela matéria escrita na mesma página do site que, no entanto, não corresponde ao que, de fato, consta registrado no vídeo analisado.

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O clube gaúcho alegou alega que um outro laudo aponta que “a presença desse fonema específico fortalece a hipótese de que o termo pronunciado esteja mais alinhado com expressões como ‘tá brabinho’ ou ‘tá bravinho’, descartando a possibilidade de ‘macaquinho’ com base na análise dos sons identificados”, disse o Grêmio, em comunicado, na semana passada.

O despacho da Procuradoria afirma que não há provas de ofensas racistas, conforme divulgou o Flamengo. “Apesar da nota oficial emitida pelo clube, com base nos elementos constantes dos autos, não é possível afirmar que houve a referida injúria racial. Além de não existir imagens de qualquer torcedor fazendo gestos de imitação de um macaco, o vídeo que circulou amplamente pela internet – utilizado para sustentar a existência de gritos de ‘macaquinho’ direcionados ao jogador – apresentava, desde o início, grande controvérsia quanto ao seu conteúdo, fato que foi reforçado pela legenda utilizada, a qual, inegavelmente, induzia o espectador a ouvir o que estava escrito”, registrou o STJD.

“Os áudios entregues pela equipe mandante, com a aplicação de isolamento de voz e eliminação de ruídos, embora não sejam capazes de eliminar por completo qualquer tipo de discussão sobre o conteúdo, diante da baixa qualidade, contribui para afastar, cada vez mais, a percepção de que foram proferidas ofensas raciais.”

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João Caramez

Em 2010, aceitei o convite para atuar como repórter estagiário no Portal Gaz, da Gazeta Grupo de Comunicações. Era o período de expansão do site, criado em 2009, que tornou-se referência em jornalismo online no Vale do Rio Pardo. Em 2012, no ano da formatura na graduação pela Unisc, passei a integrar a equipe do jornal impresso, a Gazeta do Sul, veículo tradicional de abrangência regional fundado em 1945. Com a necessidade de versatilidade para o exercício do jornalismo multimídia, adquiri competências em reportagem, edição, diagramação e fotografia para a produção de conteúdo em texto, áudio e vídeo. Entre as funções, fui editor de País/Mundo e repórter de Geral. Atualmente, sou repórter de Esporte e produzo conteúdo para o site Portal Gaz e jornal Gazeta do Sul. Integro a mesa de debatedores do programa 'Deixa Que Eu Chuto', da Rádio Gazeta FM 107,9, desde 2018. Em 2021, concluí uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela Ulbra.

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