Procura pela vacinação contra o HPV é considerada baixa

Duas semanas após o início da estratégia de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), que previne o câncer de útero, a procura ainda é considerada baixa em Santa Cruz do Sul. Segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, desde o último dia 9, foram imunizadas apenas 238 jovens aptas a receber a primeira dose da vacina, ou seja 9,38% do público-alvo para esta etapa.

A vacina HPV quadrivalente foi incluída na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS), em março de 2014, tendo como alvo meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano a oferta foi ampliada com redução da faixa etária que agora vai dos 9 aos 11 anos de idade. Também devem ser vacinadas meninas entre 12 e 14 anos que tenham iniciado o esquema vacinal em 2014, mas que por algum motivo não receberam a segunda dose.

No caso da segunda dose, o índice é ainda mais preocupante, apenas 53% das adolescentes imunizadas com a primeira dose, em 2014, já voltaram para fazer a segunda aplicação. A diretora de ações e programas da Secretaria Municipal de Saúde, Clarissa Gohlke, faz um alerta para que elas cumpram o calendário a fim de garantir a eficácia da imunização. 

“Essas meninas precisam retornar aos postos para receber a segunda dose. A vacina está a disposição durante todo o ano, mas os pais ou responsáveis precisam estar cientes dos prazos. Seis meses depois de tomar a primeira dose é preciso tomar a segunda”, reforçou.

A meta do Município é vacinar 80% da população-alvo, que é de 2.507 mulheres. O percentual que se busca atingir perfaz o montante de 2006 meninas na faixa etária de 9 a 11 a anos de idade. A vacina está disponível nas Unidades Básicas de Saúde, Estratégias de Saúde da Família, Centro Materno Infantil (Cemai) e Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas).

Também este anos a vacina será ofertada para todas as mulheres com idade entre 9 e 26 anos que sejam portadoras de HIV ou que estejam vivendo com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Essa população foi incorporada como prioritária devido ao fato de ser mais suscetível a complicações decorrentes do HPV.