As reclamações de motoristas que trafegam pela RSC-287, a principal rodovia do Vale do Rio Pardo, aumentaram nas últimas semanas. As queixas envolvem buracos e desníveis significativos na pista. A maioria das situações relatadas acontece em pontos onde houve melhorias recentemente.
O motorista Angelo Hintz passa quase diariamente pela via e revela que já teve danos no veículo. “Fui fazer a revisão de 20 mil quilômetros do meu carro, e me avisaram que as duas rodas do lado direito estavam tortas. O prejuízo foi de R$ 580,00. Está insuportável andar nessa 287”, desabafa.
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Rogério Limberger também utiliza frequentemente a rodovia e está insatisfeito com a situação do asfalto. “Trabalho como motorista executivo e presto serviço para empresas em Santa Cruz com destino, geralmente, a Porto Alegre. Eu raspei meu carro nas elevadas e cortei pneu. Aqueles que não conhecem o trecho arriscam a vida. Teriam que nos pagar para andar numa estrada dessas, e não a gente pagar para andar nela”, critica.
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A fiscalização do contrato de concessão é feita pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados no Rio Grande do Sul. Nos últimos seis meses, a Agergs contabiliza 11 notificações encaminhadas para a Rota de Santa Maria. Cada uma delas aponta, em média, entre cinco a seis problemas identificados na rodovia. Os principais envolvem buracos, desníveis, falta de drenagem e carência de sinalização. O diretor de Qualidade da Agergs, Ricardo Pereira da Silva, afirma que as reclamações de usuários da RSC-287 que chegam à agência são poucas. “Que as pessoas efetivamente reclamem com a Rota de Santa Maria. Se não ficarem satisfeitas com a resposta, encaminhem para a agência. Isso vai facilitar e tornar mais efetiva a nossa fiscalização”, alerta.
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O integrante da Agergs explica que existem prazos para solução dos problemas que são apontados pelos motoristas via agência reguladora. “As panelas (desníveis significativos na pista), ela tem 24 horas para consertar e os demais problemas são 72 horas. Só a partir daí, é passível de multa. A concessionária informou que está trazendo mais equipamentos para colocar na rodovia e agilizar a recuperação do pavimento. Estamos acompanhando para que, efetivamente, dê resultado.”
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A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados possui pelo menos dois canais para que usuários de serviços concedidos façam reclamações e apontamentos. Um deles é o aplicativo da Agergs, disponível para download nas lojas para Android e IOS. Ele permite que seja enviada uma foto do problema, com a exata localização, além de facilitar o acompanhamento da solução. Outra opção para acionar a agência reguladora é o telefone 0800 979 0066.
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A Rota de Santa Maria possui canais de comunicação para facilitar o relato de problemas ou de eventuais pedidos de ressarcimento de prejuízos. O telefone é 0800 1000 287. Livros de registro também estão localizados nas bases operacionais de Taquari, Venâncio Aires, Candelária e Santa Maria. Os motoristas ainda podem utilizar o e-mail rsm.ouvidoria@sacyr.com. A concessionária disponibiliza informações detalhadas e atualizadas sobre as condições da RSC-287 pelo Twitter @rotadeSM e pelo Instagram @rotadesantamaria.
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Sobre queixas de filas nos pedágios, demora na cobrança e TAGs que falham no momento da cobrança automática, a Rota de Santa Maria ressalta que melhorias serão adotadas e que as praças de Candelária e Venâncio Aires estão em processo de modernização do sistema. Ambas também passam por reforma e modernização no sistema de arrecadação, no pavimento, estrutura das cabines e no sistema elétrico, além de receberem novas bases para o atendimento aos usuários. A previsão é de que as melhorias estejam concluídas em maio de 2023, quando todas as pistas de cobrança poderão ser utilizadas para agilizar a passagem pelos locais.
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A Rota de Santa Maria admite que há problemas na RSC-287. Em nota, informou que possui quatro equipes em atuação para resolver as deformações que teriam surgido por causa do forte calor dos últimos dias.
Segundo a empresa, no primeiro ano de concessão, foram realizados apenas trabalhos superficiais e em vários trechos há problemas estruturais que serão solucionados somente com trabalhos de reconstrução e intervenções profundas. O prazo para a realização dessas ações é até o quinto ano de concessão.
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A Rota destaca que continua a realizar melhorias e adianta que, ainda em janeiro, novas equipes irão intensificar os trabalhos e garantir a segurança dos usuários. O foco principal é a região entre Venâncio Aires e Taquari. A promessa é de que os pontos críticos sejam solucionados de maneira definitiva.
O pior trecho identificado pela concessionária é dos quilômetros 60 ao 75, em Venâncio Aires. Na região, de acordo com a Rota de Santa Maria, há pelo menos três equipes focadas em instalar drenos para remover a água acumulada nas camadas profundas e estruturais da estrada. Esse problema acaba reduzindo a vida útil do asfalto e provocando o aparecimento de grandes desníveis na pista.
A Promotoria de Defesa Comunitária de Santa Cruz do Sul mantém uma ação contra a Rota de Santa Maria, especificamente, no trecho que passa pelo município. Ela enfoca questões como buracos e fila no pedágio. Situações como essas podem ser relatadas para o órgão através do site do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Também está disponível o WhatsApp da Promotoria, através do número 9661-9307. As reclamações devem ser feitas com a identificação do autor, localização do fato, dia e horário, além de um registro do problema, em foto ou vídeo.
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