O Vale do Rio Pardo registrou seis casos de homicídio nos primeiros 31 dias de 2023. A média fica em um caso a cada 5,1 dias. Com base nessa análise, pode-se ter a impressão de que os casos revelam uma média alta. No entanto, o número é baixo se comparado a outras regiões no interior do Estado, como por exemplo a Serra Gaúcha, que teve 31 assassinatos neste primeiro mês.
Até o momento, a maior cidade do Vale do Rio Pardo com 132 mil habitantes, Santa Cruz do Sul não registrou nenhum caso, seguindo uma tendência no último semestre de 2022. O último assassinato na cidade foi há quase sete meses, de Heide Priebe, de 64 anos, em 8 de julho, na Travessa Tenente Barbosa, no Centro. Foi cometido pelo ex-companheiro Servo Tomé da Rosa, de 69 anos, que está preso e é réu no processo para responder pelo crime em júri popular.
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Na região, o primeiro caso no ano foi em Candelária, logo nas primeiras horas do dia 1º. Naquela madrugada Erico Josué Gonçalves Borges, o popular “Lacraia”, de 29 anos, foi morto a tiros após tentar separar uma briga de vizinhos, no Bairro Ewaldo Prass. O caso já foi concluído pela Polícia Civil e a autora dos disparos, de 24 anos, foi identificada e indiciada pelo crime e por mais duas tentativas de homicídio. A polícia pediu a prisão dela, mas a Justiça negou. Por isso, segue em liberdade.
Outro caso aconteceu no dia 2 de janeiro. Valéria Fischborn, de 28 anos, foi morta a tiros pelo marido Eluí Marcelo de Vargas, de 37, em frente ao filho de 8 anos, dentro da residência da família, na localidade de Linha Vargas, no interior de Passa Sete. A Brigada Militar prendeu o homem em flagrante após o crime e apreendeu um revólver calibre 38. Este caso já foi concluído pela Polícia Civil, que indiciou Eluí por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras – dispositivos que podem ampliar a pena – elencadas pelo feminicídio (fato de a vítima ser mulher), motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (ele tinha arma e ela, nada). O acusado está preso preventivamente no Presídio Estadual de Carazinho.
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O terceiro caso aconteceu em Rio Pardo. O bombeiro João Arlem Lopes dos Santos, de 55 anos, foi morto com cinco disparos de pistola efetuados pela própria esposa, Elisabeth Limas Estigarribia, de 59 anos. O casal tinha um filho de 16 anos. O crime aconteceu na residência de campo da família, na localidade de Volta Grande, interior do município. Este caso também já foi concluído. Elisabeth, que foi presa em flagrante no dia do fato, foi indiciada por homicídio qualificado, com a qualificadora elencada pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima (ele foi pego de surpresa). A acusada está presa preventivamente no Presídio Estadual Feminino de Rio Pardo.
Os três primeiros homicídios do ano já foram resolvidos pela Polícia Civil, e os mais recentes ainda carecem de mais investigações. No dia 19 de janeiro, em Venâncio Aires, o cadáver de Pedro de Almeida, de 58 anos, foi encontrado vestindo apenas cueca e meia, boiando dentro do Arroio Castelhano, na localidade conhecida como Corredor dos Macacos, em Linha Olavo Bilac, no interior do município. Ele foi morto com golpes de faca no rosto e degolado.
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No mesmo dia, mas em Encruzilhada do Sul, Vanderlei Matos Rodrigues, de 45 anos, conhecido como Vando, foi assassinato a tiros por volta das 16h30, enquanto caminhava na Rua Tenente Coronel Pereira, no Centro da cidade. Ele foi alvejado por pelo menos três disparos de arma de fogo por um homem que passou em uma motocicleta. O último caso na região e segundo em Candelária aconteceu na última quinta-feira, 26. O motorista de aplicativo Paulo Roberto Coelho, de 47 anos, foi assassinado a tiros dentro do próprio veículo, um Ford Fiesta, na localidade de Linha Boa Vista, interior de Candelária.
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