Primeiras sinaleiras de Santa Cruz causaram polêmica; veja onde foram instaladas

Quem chega na esquina do Quiosque, hoje, certamente vai encontrar um grupinho discutindo a revitalização da Rua Marechal Floriano na quadra entre a Júlio de Castilhos e a 28 de Setembro. Em 1972, a polêmica ali era outra. Naquele cruzamento, foi instalada a primeira sinaleira de Santa Cruz, medida que dividiu as opiniões.

O semáforo entrou em funcionamento nos primeiros dias de junho de 72. Além deste, mais sete foram colocados: na Floriano com Borges de Medeiros; Marechal com Senador Pinheiro Machado; Senador com Ernesto Alves; Ernesto Alves com Júlio de Castilhos; Ten.Cel. Brito com Júlio de Castilhos; Carlos Trein com Júlio e no entroncamento da Floriano com Galvão Costa, João Pessoa e Tiradentes (esta de três tempos).

Os equipamentos foram adquiridos com ajuda do Rotary Oeste, que arrecadou Cr$ 7.800,00 em campanha. A Prefeitura entrou com Cr$ 24 mil cruzeiros. Muitos acharam a medida desnecessária e avaliavam que a cidade tinha outras prioridades.

Em setembro, em palestra no clube de serviços, o delegado Theófilo Reyes, titular da Ciretran (Delegacia de Trânsito), mostrou o acerto da iniciativa. Ele comparou os quatro meses depois da instalação com os quatro anteriores, comprovando que a queda no número de acidentes chegou a 40%. Na esquina do Quiosque, aconteceram oito acidentes antes do semáforo. Depois, nenhum.

E essa realidade também foi constatada em outros locais. As reduções mais expressivas foram no cruzamento do antigo Mauá (hoje Iluminura), de 12 para dois. Na Floriano com Senador, de 12 para dois. Na Senador com Ernesto haviam sido registrados nove e, após o semáforo, só dois. Na antiga Cadeia (hoje Biblioteca Municipal), o número caiu de quatro para zero.

Pesquisa: Gazeta do Sul

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