Iniciou nesta quarta-feira, 21, a fase de instrução de um dos casos de homicídio mais cruéis registrados no ano passado na região. Trata-se do assassinato de Maicon Natan Gonçalves Marques, de 32 anos, ocorrido em 8 de novembro de 2022. Na data, ele foi brutalmente assassinado com tiros na cabeça junto ao Trevo de Ferraz, em Vera Cruz, após ser atraído para uma emboscada.
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A Polícia Civil apontou seis pessoas como participantes do homicídio, que teve como mentora intelectual a esposa de Maicon, Tamara Cristina da Silva, hoje com 27 anos. Autora confessa, ela está presa preventivamente no Presídio Estadual Feminino de Rio Pardo. Na manhã dessa quarta-feira, a primeira audiência do caso foi realizada.
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Presidida pela juíza Fernanda Rezende Spenner, a sessão contou com a presença da promotora Maria Fernanda Cassol Moreira e dos réus e seus respectivos defensores. Sete testemunhas de acusação prestaram depoimento. Outras duas não foram ouvidas, pois não compareceram, e vão ter que ser localizadas pela Justiça. Em virtude das longas declarações, outras quatro testemunhas que estavam no local não falaram e vão ser ouvidas junto com as de oito defesa, em nova audiência que será realizada no dia 14 de julho, também no Fórum de Vera Cruz.
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O caso veio à tona em uma reportagem da Gazeta do Sul publicada em 26 de novembro do ano passado. A Polícia Civil descobriu os detalhes do crime, cometido a sangue-frio após ser planejado e organizado ao longo de meses. Para os agentes, Tamara Cristina da Silva, de 27 anos, e o ex-padrasto dela, Carlos Rech, de 48, teriam sido os mandantes do assassinato.
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Em um caso complexo, a autora teria usado Rech para assassinar o companheiro, pois teria descoberto indicativos de traições da vítima ao acessar mensagens no direct do Instagram de Maicon. Além dos dois, foram presos um homem de 26 anos, amigo de infância da mulher, que intermediou a negociação da morte por R$ 1 mil, e outro de 31 anos, que assassinou Maicon a tiros perto do trevo de Ferraz, após chamá-lo para um suposto trabalho.
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Os quatro respondem processo por homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras de paga ou promessa de recompensa e motivo torpe; meio cruel; e emboscada, dissimulação ou outro recurso que impossibilita a defesa da vítima. Outro homem, de 28 anos, que adquiriu a motocicleta de Maicon, roubada no dia do homicídio, responde em liberdade por receptação.
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Um sexto rapaz, de 22 anos, também irá responder em liberdade por receptação, por ter recebido a moto de Maicon vendida pelo indivíduo de 28 anos. Atualmente, a mãe de Maicon, Sizane do Amaral Gonçalves, de 49 anos, detém a guarda provisória do filho de 2 anos que seu filho teve com Tamara. Ela, que acompanhou a audiência no Fórum de Vera Cruz, busca na Justiça a guarda definitiva do menino.
Para a polícia, Tamara foi a mentora intelectual da morte do marido.
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