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Com vida e sem fome

Primeira versão do mapa da fome será divulgada nesta sexta-feira

Projeto Sopa do Bem, em parceria com a Unisc, realizado em abril do ano passado

A prévia da real necessidade por doações de alimentos em Santa Cruz do Sul deve ser conhecida no fim de semana. Sexta-feira, 17, é o prazo estipulado pelo movimento Com Vida e Sem Fome para o lançamento final das informações. O sistema desenvolvido pela Imply Tecnologia está sendo alimentado com dados das secretarias municipais de Políticas Públicas e Assistência Social, Habitação e Educação.

Na tarde dessa segunda-feira, 13, representantes do grupo de entidades que criou o movimento se reuniram com as secretárias das três pastas municipais envolvidas na atenção social durante a pandemia. O coordenador da Assessoria de Comunicação e Marketing da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Everson Carvalho de Bello, explicou que os últimos ajustes estão sendo feitos e que na próxima sexta-feira será possível gerar dados mais precisos sobre a necessidade das famílias com dificuldade. “Já temos condições de oferecer um mapa de calor, com as informações das necessidades por bairro. O sistema desenvolvido a partir das informações cadastrais está sendo atualizado”, disse.

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Com a ferramenta será possível realizar a entrega das cestas básicas que serão adquiridas com as doações arrecadadas pela campanha. “Este sistema vai permitir que as famílias não recebam em duplicidade”, destacou a titular da Secretaria Municipal de Políticas Públicas e Assistência Social, Carina Inês Panke da Silva. Parte dos dados, que serão computados na ferramenta da Imply, foi atualizada nessa segunda-feira, 13, com a reunião realizada no Salão Nobre do Palacinho. Além da secretária Carina, participaram do encontro Juliana Bach, titular da Educação e Aretusa Molina Scheibler, secretária municipal de Habitação.

O presidente da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Eduardo Kroth, contou que desde o começo do planejamento da mobilização, o grupo de entidades pensava em uma campanha com dados sólidos e em parceria com o Município. “Sabíamos que precisávamos nos aproximar da Prefeitura para evitar a duplicidade de entregas de cestas básicas aos necessitados. Este cruzamento de informações é fundamental para isto”, resumiu.

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Como ajudar

A conta bancária do Com Vida e Sem Fome foi aberta com o CNPJ do Rotary Club Santa Cruz Oeste, junto ao PagBank. Para fazer uma transferência é preciso selecionar o PagBank, código 290, agência 0001, conta 01195714-9. O CNPJ é o 90.156.910/0001-50.

Outra forma de doar é por meio da fanpage da campanha no Facebook. Ao acessar a rede social é preciso clicar no botão “comprar agora”. O Facebook direciona o doador para a página do PagSeguro, onde a doação pode ser feita. As doações são revertidas em cestas básicas, no valor de R$ 60,00 cada, e são auditadas a cada 15 dias pelo Ministério Público.

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Políticas públicas fez quase 16 mil atendimentos

Na reunião dessa segunda-feira, a secretária de Políticas Públicas revelou que de 23 março a 30 de junho foram realizados 15.981 atendimentos em visitas domiciliares, doações de cestas básicas, apoio para realizar o cadastro no auxílio emergencial da Caixa Econômica Federal, ações em saúde pública, auxílio funeral e passagens intermunicipais, para que andarilhos de outros municípios retornassem para suas casas. “Até 30 de junho, 10.981 pessoas receberam auxílio emergencial do governo, e apenas 2.509 estavam no Cadastro Único. Os demais podem ter alguma necessidadade momentânea, porém não estavam mapeados pelo Município”, disse Carina. A pasta distribuiu 3.599 cestas para famílias que necessitavam dos alimentos.

A Secretaria Municipal de Educação, responsável inicialmente pelo banco de alimentos, já recebeu 37 toneladas. A secretária Juliana informou que foram distribuídos 2.188 kits de alimentos com itens da cesta básica. “Usamos o termo ‘kit’, pois algumas entregas, como as que são feitas para famílias do interior, saem com mais produtos que a doação convencional”, complementou.

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Na pasta da Habitação cresceram pedidos e doações de móveis e reformas de residências, assim como a quantidade de famílias que necessitam de aluguel social. “Três meses antes da pandemia, nós tínhamos o registro de dois pedidos de aluguel social. Agora o número saltou para 11”, disse Aretusa. Segundo a secretária, o benefício é destinado a famílias que comprovem a impossibilidade de pagar pela moradia. Pelo período de seis meses, recebem a ajuda de R$ 500,00, no compromisso de organizarem-se para conseguir arcar com a despesa sozinhas.

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