Previsto para a tarde dessa terça-feira, 25, o segundo turno da votação na Assembleia Legislativa da PEC 280, que retira a necessidade de plebiscito para privatização de empresas estatais, é incerto. Com receio de não conseguir os 33 votos necessários para aprovar a proposta, que abre caminho para a desestatização da Companhia Riograndende de Saneamento (Corsan), o governo estadual avalia um recuo estratégico.
Quando a PEC foi aprovada em primeiro turno, no dia 27 de abril, o governo alcançou a votação mínima. Agora, porém, são pelo menos dois problemas: a deputada Any Ortiz (Cidadania), que está em licença-maternidade, e o deputado Beto Fantinel (MDB), que está afastado por Covid-19. Sem eles, há o risco de uma derrota, o que pode levar a um adiamento por duas ou três semanas. Além disso, a votação do primeiro turno ainda é questionada pela oposição, já que falhas no momento do registro dos votos levaram a uma correção no placar no dia seguinte.
LEIA TAMBÉM: Carreata protesta contra o fim da exigência de plebiscito para venda de estatais
Publicidade
Além da Corsan, a PEC dispensa a exigência de consulta pública para venda da Procergs e do Banrisul – que, ao menos por enquanto, não estão nos planos do governo. Nos últimos dias, a pressão sobre os deputados aumentou. Além de outdoors, servidores da companhia pretendiam realizar atos nesta terça.
Na sessão de segunda-feira, 24, da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul, o vereador Bruno Faller (PDT) apresentou uma moção de repúdio à PEC. “Se isso resolvesse o problema do Estado, pela quantidade de privatizações que o ex-governador Antonio Britto fez, nós não estaríamos com uma absurda dívida pública”, criticou.
LEIA TAMBÉM: Vereadores pedem audiência pública para discutir fim da exigência de plebiscito na venda de estatais
Publicidade
This website uses cookies.