Mais de 800 palestinos detidos em prisões israelenses suspenderam neste sábado, 27, uma greve de fome que durou 40 dias, após fecharem um acordo nas suas reivindicações com Israel, anunciou o presidente do Clube de Prisioneiros Palestinos, Qadura Fares. A informação é da Agência EFE.
A suspensão da greve de fome foi estipulada por um comitê formado por vários detentos, entre os quais está o líder do protesto, o membro da Fatah Marwan Barguti – que cumpre cinco penas de prisão perpétua por participar de outros tantos assassinatos -, que negociaram com as autoridades penitenciárias israelenses durante as últimas 20 horas, disse Fares.
“Às cinco da madrugada, após muitas negociações e de muita pressão na prisão de Ashkelon, Marwan e sua equipe concordaram em parar a greve”, disse à EFE o porta-voz da Comissão de Assuntos dos Prisioneiros e Ex-prisioneiros, Akram Ayasa.
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O Serviço de Prisões israelense informou em comunicado que o fim do protesto resultou de “um acordo entre o Estado de Israel, a Cruz Vermelha e a Autoridade Nacional Palestina, oferecendo aos presos de segurança nacional uma segunda visita de seus familiares por mês que será financiada pelo governo palestino”.
O restabelecimento das duas visitas mensais, um sistema que funcionava até o ano passado, era uma das reivindicações dos grevistas, que também exigiam “o fim das penas em celas de isolamento, a tortura, negligência médica e a detenção administrativa, além de acesso à educação e cuidado médico”.
Segundo as autoridades penitenciárias israelenses, 1.578 presos palestinos dos quase 6.500 que cumprem pena em prisões israelenses participaram da greve de fome desde que ela começou há 40 dias.
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Neste tempo, 18 foram hospitalizados e mais de 750 abandonaram o protesto, que continuava sendo cumprido por 834 réus no momento da sua suspensão.
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