Os presos representantes das galerias da ala masculina do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul não aceitaram os termos do plano de retomada das visitas presenciais, divulgado pela Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). As regras passaram a vigorar no último fim de semana em todas as casas prisionais do Rio Grande do Sul, após sete meses de restrições sanitárias impostas pela pandemia do novo coronavírus.
A decisão tomada pelos detentos foi revelada em uma reunião com a diretoria da casa prisional. “Tivemos esse diálogo com eles, no qual nos externaram uma posição única das galerias. Eles não quiseram receber visitas em virtude dos critérios de distanciamento impostos pela Susepe, tanto por resguardo de seus familiares quanto deles mesmos”, esclareceu o diretor do Presídio Regional, Gustavo Comoretto.
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Segundo ele, essa posição poderá ser alterada mediante uma nova decisão dos presos, externada pelos representantes das galerias à diretoria. No total, a ala masculina conta com 309 detentos. Ainda segundo Comoretto, a ala feminina do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, por sua vez, que é composta por 32 detentas, voltou a receber as visitas presenciais no último domingo.
Em entrevista aos jornalistas Leandro Porto e Maria Regina Eichenberg, no programa Rede Social, da Rádio Gazeta FM 107,9, a delegada Samantha Longo confirmou que a retomada das visitas nos presídios da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR) deve ser feita de maneira gradual. Segundo ela, as unidades prisionais estão sendo adaptadas, com fitas para demarcação de espaços e outras determinações funcionais.
De acordo com Samantha, neste primeiro momento, cada apenado poderá receber uma visita por mês. “Durante esse dia, em específico, não está permitida a entrada de alimentos e materiais de higiene, que serão recebidos em outros dias que não os da visita”, explicou a delegada da DPR.
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Visitas intimas
Outro pedido dos parentes dos presidiários, que é a liberação das visitas íntimas, ainda não foi liberado. “Isso poderá ser revisto de acordo com o modelo de distanciamento controlado do Estado. Caso a região em que a casa prisional esteja por seis semanas seguidas na bandeira amarela, essa questão poderá ser alterada”, disse Samantha Longo. Cada visitante deverá fazer um contato prévio com a unidade prisional de referência e fazer os questionamentos para verificar os dias de permissão de visitação, bem como os horários disponíveis.
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