Na noite dessa quinta-feira, 26, foi colocado um fim à série de assaltos registrada nos estabelecimentos comerciais de Santa Cruz do Sul nos últimos meses. A chamada Operação Smoke capturou Pedro Vanderlei dos Santos, de 36 anos, apelidado de “Fumaça”, acusado de ser o responsável pelos crimes. Ele foi localizado por volta das 21h40, em uma propriedade rural abandonada na localidade de Capela dos Cunha, no interior de Santa Cruz.
Após a prisão do assaltante, uma ação conjunta da Brigada Militar e da Polícia Civil ao longo da madrugada desta sexta-feira, 27, recuperou os objetos roubados, que foram deixados em uma área de mato no Loteamento Santa Maria. Na manhã desta sexta, a delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia (DP), Ana Luísa Aita Pippi, concedeu entrevista à reportagem do Portal Gaz e trouxe detalhes sobre os crimes cometidos pelo indivíduo
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Somente na 1ª DP, oito assaltos cometidos por Fumaça estão sob investigação, sendo três deles cometidos ainda nessa quinta-feira, 26, um deles em uma relojoaria. Ainda, há delitos que estão sendo analisados pela 2ª DP. “Eu destaco que em todos eles ele está devidamente identificado, porque em todos os assaltos tem a imagem”, comenta a delegada Ana Luísa.
A captura ocorreu após a informação da localização do indivíduo ter chegado à Brigada Militar, que já tinha um mandado de prisão de cumprimento de pena, expedida pela Vara de Execuções Criminais de Santa Cruz do Sul. Na sua apresentação na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), também pôde ser cumprida a prisão preventiva que havia sido decretada pela Polícia Civil ainda no final de agosto.
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A investigação concluiu que Fumaça estava em uma propriedade rural na região de Cerro Alegre Alto, na localidade de Capela dos Cunha, possivelmente trabalhando na safra de tabaco. Periodicamente, ele deixava o local para cometer os crimes. “Ele vinha, ele praticava dois, três assaltos no mesmo momento, trocava por drogas, dinheiro e dali ele já sumia. E ele ficava um tempo sem praticar os assaltos, ficava uma, duas semanas, novamente ele aparecia, praticava dois, três assaltos e aí ele sumia de novo”, relata a delegada.
A prática de cometer os assaltos e “sumir” fez com que surgisse o apelido Fumaça nos meios policiais. Isso fez com que a investigação acreditasse que o indivíduo não estava na área urbana, o que levou a polícia à hipótese de que ele estaria na área rural. “Mas o interior do município é vasto, uma extensão enorme. Então, sem uma informação precisa, fica bem difícil essa localização, para que lado do interior do município”, frisa Ana Luísa. A titular da 1ª DP também conta que a pessoa para quem o criminoso trabalhava não desconfiava dos assaltos na cidade. “Certamente, ele dizia que vinha para a cidade para ir no banco, para comprar alguma coisa. Nunca passava pela cabeça das pessoas que ele viria para a cidade para praticar crimes”.
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A delegada Ana Luísa também esclareceu detalhes sobre o modus operandi de Fumaça quando cometia os assaltos. “Ele anunciava o assalto, ameaçava para não chamar a polícia, mas não era um indivíduo violento no seu modo de agir. Ele dizia que estava amado, mas nunca mostrava a arma, ele não chegava a violentar vítimas, a agredir fisicamente as vítimas”, revela.
Apesar de não ter uma arma, a estratégia deixava as vítimas com medo, e acabavam cedendo aos assaltantes. “Nenhuma vítima vai pagar para ver. Muitas vezes é melhor fazer isso mesmo do que reagir e acabar sendo morta em função de dinheiro ou de um objeto roubado”, diz a titular da 1ª DP.
*Colaborou o jornalista Guilherme Bica
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