Passavam poucos minutos das 18 horas dessa terça-feira, 13, quando quatro equipes da Força Tática deixaram a sede do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM), em Rio Pardo, para dar início à chamada Operação Paz e Ordem. A reportagem policial da Gazeta do Sul acompanhou com exclusividade o trabalho da divisão de elite da Brigada Militar (BM), que ocupou bairros conflagrados pela criminalidade na Cidade Histórica.
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Conforme o comandante do 2º BPM, major Cristiano Cuozzo Marconatto, o objetivo da ofensiva foi dar uma resposta imediata aos homicídios registrados recentemente no município, que possuem vinculação com o tráfico de drogas. No caso mais recente, na terça-feira da semana passada, Bruna Oliveira de Carvalho, de 27 anos, que estava grávida de quatro meses, e Luis Antônio Ribeiro, vulgo Perneta, de 26, foram assassinados a tiros enquanto trafegavam em um Gol vermelho pela Rua Itu, no Bairro Jardim Boa Vista. As duas vítimas, que tinham antecedentes por tráfico de entorpecentes, foram mortas em frente aos dois filhos.
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Nessa terça-feira, coordenadas por Marconatto e pelo subcomandante do 2º BPM, capitão Renan Todendi Dutra, as equipes da Força Tática montaram barreiras em pontos estratégicos, nos bairros Parque São Jorge, Vila Pinheiros, Bom Fim, Rosário, Ramiz Galvão, Rincão Del Rey e outros, e realizaram abordagens.
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Uma prisão aconteceu no Bairro Boa Vista. Os policiais capturaram em uma residência da Rua Osvaldo Rodrigues um homem de 39 anos, que tinha um mandado de prisão preventiva em aberto pela 1ª Vara Judicial de Rio Pardo, por tráfico de entorpecentes. Seu nome foi mantido em sigilo.
Conforme o major Marconatto, a participação das guarnições da Força Tática do 23º BPM foi uma articulação do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP) em apoio às ações na área do 2º BPM.
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2,5 mil munições dentro de quarto de motel
O indivíduo capturado pela Brigada Militar na noite dessa terça-feira é conhecido nos meios policiais e tem antecedentes por crimes como tráfico de drogas, porte ilegal de munições e contravenções penais por jogos de azar. Conforme o 2º BPM, ele tem ligações com o apenado Jéferson Juliano Vedói, de 43 anos, apontado como um dos líderes do tráfico de drogas em Rio Pardo, e que atualmente cumpre pena na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC).
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O homem de 39 anos já havia sido capturado recentemente em uma ocorrência inusitada. Na noite de 23 de abril, foi preso dentro de um motel, em Santa Rosa, com quase 2,5 mil munições de calibre 9 milímetros. Ele estava no quarto, junto de outras pessoas, quando policiais da BM e Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da cidade no Noroeste do Estado localizaram diversos objetos furtados e 350 munições.
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No veículo do bando, um Renault Kwid, os agentes encontraram mais 2.143, totalizando 2.493 munições. Ao longo dos últimos meses, outros rio-pardenses envolvidos com o tráfico de drogas foram presos na região de Santa Rosa ou cidades próximas, como Porto Mauá, que faz fronteira com a Argentina. A suspeita dos policiais é de que o caminho seja uma rota de entrada de armas e munições de países vizinhos para o Vale do Rio Pardo.
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