Durante uma ação da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul, liderada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), foi cumprido na tarde dessa quarta-feira, 28, um mandado de busca e apreensão em uma residência no Bairro Higienópolis. Segundo o delegado regional Luciano Menezes, os agentes estavam posicionados monitorando o local e observando a movimentação no entorno da residência desde a manhã dessa quarta. Em virtude do muro alto, optaram por entrar pela parte de trás, após rastejarem pela área de mata aos fundos do terreno. A prisão aconteceu por volta das 15 horas.
À noite, conforme Menezes, haveria uma festa no local, possivelmente de cunho político. “Estava cheio de carne, haveria uma festa. Um dos presos estava cheio de propaganda política de candidato. Teoricamente, seria uma festa política, cheia de carne, pão, refri, vodca. Se isso tem a ver com o tráfico, eu ainda não sei.”
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A polícia manteve em sigilo o nome do candidato que aparece no material encontrado. Segundo o delegado, um dos presos confirmou que fazia festas no local, para onde eram levadas garotas de programa e amigos. Uma das listas apreendidas tinha nomes de mais de 100 pessoas que foram a um evento na casa. “Vamos investigar para ver se elas têm alguma ligação com o tráfico”, finalizou Menezes.
“Ali não tem biqueira”, diz Luciano Menezes
A Polícia Civil obteve na Justiça o mandado de busca e apreensão para ingressar na residência, que fica na Rua Vereador Benno João Kist, na parte alta do Bairro Higienópolis. De acordo com o delegado regional, Luciano Menezes, a partir do casarão os criminosos distribuíam a droga armazenada a traficantes dos bairros da Zona Sul do município.
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“Toda a cadeia da manufatura está aí. Este tráfico é para um escalão superior, que vai se desdobrando depois. Ali não tem biqueira, não vende para o consumidor final. É um ponto de depósito de distribuição para traficantes maiores, que vendem para os menores”, explicou Menezes. Segundo o delegado regional, as drogas apreendidas na operação valem mais de R$ 100 mil. “A maconha é de qualidade e cada 100 gramas de cocaína valem R$ 5 mil”, avaliou.
A operação
Nos altos do Bairro Higienópolis, em uma residência de luxo, funcionava há pouco mais de um mês um dos maiores pontos de depósito e distribuição de drogas para os principais traficantes da facção que domina a venda de narcóticos no Vale do Rio Pardo. A ação dos criminosos foi descoberta pela Polícia Civil há cerca de três semanas.
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Na operação, a Polícia Civil encontrou drogas e prendeu quatro homens, de 22, 27, 31 e 34 anos. Todos serão indiciados por tráfico, crime pelo qual já possuíam antecedentes. Os nomes não foram divulgados. O de 31 de anos, de acordo com a Polícia Civil, seria o homem que alugou a residência no dia 21 de setembro, ao preço de R$ 2,5 mil mensais.
Os policiais encontraram uma mochila azul com mais de cinco quilos de drogas: dois de cocaína, dois de maconha e 1,2 de crack, e vários itens ligados ao tráfico. Três celulares também foram apreendidos.
“Já vínhamos investigando há um tempo esse grupo criminoso, que atua na Zona Sul de Santa Cruz e é chefiado por um indivíduo foragido da Justiça. Durante as investigações, conseguimos levantar informações e identificamos os homens que haviam alugado essa casa para servir de local de armazenamento de drogas, destinada também à distribuição nos pontos de tráfico dominados por esse grupo criminoso”, afirmou o delegado da Draco, Marcelo Chiara Teixeira.
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