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Preso em Camboriú, criminoso de Santa Cruz tentou se passar por outro

Tiano estava foragido há quase três anos | Foto: Divulgação

Foi na beira da praia de Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, na tarde da última terça-feira, 27, que terminou o período de quase três anos em que o santa-cruzense Cristiano Moraes da Silveira, 45 anos, esteve foragido da Justiça. Em uma operação realizada pela Polícia Militar de Santa Catarina, ele foi preso junto com um comparsa.

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Desde 20 de janeiro de 2020, o homem, que tem residência em Novo Hamburgo e é conhecido no submundo do crime pelo apelido de Tiano, era procurado pelas forças de segurança. O mandado de prisão preventiva por tráfico de drogas e associação para o tráfico havia sido expedido pelo juiz Marcos La Porta da Silva, da 1ª Vara Estadual de Processos e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro de Porto Alegre. A validade para sua captura era 18 de dezembro de 2037.

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A Gazeta do Sul teve acesso exclusivo aos bastidores da operação, traçada em sigilo pela segunda companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) de Balneário Camboriú. Uma guarnição recebeu da Agência de Inteligência local a informação de que Tiano estava nas imediações da faixa de areia. Por volta das 16 horas de terça-feira, eles foram até o local e visualizaram o homem junto de um comparsa, na esquina da Avenida Atlântica com a Rua 1601, deixando a praia em direção a um restaurante.

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Após realizar rondas no local indicado, a PM abordou a dupla. Conforme a ocorrência, na oportunidade Cristiano tentou mentir seu nome, alegando que se chamava Henrique Galeano de Mesquita. Mas os policiais não caíram na conversa e o prenderam. Além do mandado de prisão, ele acabou sendo enquadrado no crime de falsa identidade. O comparsa do santa-cruzense, que não teve seu nome revelado, teria ainda debochado da guarnição, não obedecendo à ordem de se afastar e tentando intimidar os PMs falando que “não tinha medo de polícia”.

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Ainda conforme a ocorrência, após diversas ordens para se afastar, o comparsa disse que não sairia do local e chamou um dos policiais de “babaca e lixo de merda”. Ele acabou preso por crime de desacato e desobediência. Os fatos foram gravados em imagens de câmeras. Os dois foram algemados e levados para a delegacia local, onde um registro da ocorrência foi efetuado. Depois, foram conduzidos ao Presídio Regional de Balneário Camboriú.

Histórico dos irmãos na criminalidade

Tiano, que se mudou de Santa Cruz do Sul ainda nos anos 1990 para o Vale do Sinos, foi identificado pela Polícia Civil gaúcha como um dos líderes da facção Os Manos e alvo de diversas investigações. Possui extensa ficha policial, por crimes como apreensão de objeto, direção perigosa, falsidade ideológica, porte ilegal de arma, posse de entorpecentes, resistência, roubo a agência bancária, roubo a comércio com lesões, roubo a estabelecimento comercial e roubo a posto bancário.

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Ele integra os chamados “Irmãos Moraes”. Além de Tiano, faz parte do bando Alexandre Moraes da Silveira, vulgo “Beiço”, de 49 anos, natural de Porto Alegre. Ele possui mandado de recaptura, assinado pelo juiz Roberto Coutinho Borba, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, após ser considerado foragido no dia 30 de julho de 2021 depois de não retornar ao presídio e perder o benefício da prisão domiciliar.

O outro irmão, de 42 anos, é Márcio Moraes da Silveira, vulgo “Nanico”, também nascido em Santa Cruz, que atualmente cumpre pena em prisão domiciliar. Em dezembro de 2017, os Irmãos Moraes foram alvo do Ministério Público na chamada Operação Aliança, deflagrada em conjunto com o Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos (CRPO/VRS) da Brigada Militar.

Na época, a investigação apurou que Tiano, junto de seus dois irmãos, comandava a administração, logística e estrutura da facção Os Manos, constituída, principalmente, para o comércio ilícito de drogas em diversas regiões do Estado. Em 2018, os três foram denunciados pela Promotoria Especializada Criminal de Novo Hamburgo. A 2ª Vara Criminal de Novo Hamburgo acolheu a representação e eles se tornaram réus.

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