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Presidente do Solidariedade de Santa Cruz pede desfiliação

O ex-vereador de Santa Cruz Ilário Keller pediu desfiliação do Solidariedade, partido do qual era presidente desde 2013. À Gazeta do Sul, ele confirmou que estuda concorrer novamente à Câmara este ano.

Keller já havia revelado a intenção de deixar a sigla no ano passado. À época, ele solicitou à direção estadual que fosse substituído na presidência, o que não aconteceu. Com isso, a saída foi formalizada na semana passada. “Não restou alternativa que não me desfiliar”, disse.

Eleito pela primeira vez em 1992, Keller, que também é empresário e já foi quatro vezes presidente da Câmara, foi filiado ao PTB por mais de 20 anos. Em 2013, articulou com o prefeito Telmo Kirst (PSD) a criação do Solidariedade, que garantiu a maioria ao governo na Câmara à época. Em 2016, após ser empossado como suplente de vereador, sofreu um revés na Justiça Eleitoral em um processo referente a diárias irregulares pagas no período em que presidiu a Câmara e teve os votos anulados.

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Keller, que garante não ter mais impedimento para concorrer, diz que não vê futuro para o Solidariedade no município. “Para mim o partido acabou três anos atrás”, alegou. Segundo ele, a partir de 2017 Telmo passou a negociar diretamente com os vereadores eleitos, sem a anuência do partido. Além disso, conforme Keller, os integrantes pararam de recolher as contribuições partidárias. Tudo indica que o partido irá perder todos os seus principais quadros entre março e abril, quando será aberta a janela para que vereadores troquem de legenda sem colocar em risco os mandatos.

O ex-vereador afirma que não possui mais compromisso algum com Telmo e que esperava uma valorização maior por parte do prefeito. “O que eu fiz ninguém mais fez. Eu criei um partido e botei quatro vereadores para ele poder governar no primeiro mandato”, falou.

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Sobre a possibilidade de retornar à política, Keller disse que irá avaliar a possibilidade após retornar de férias no fim do mês, mas alegou que recebeu pedidos de suas bases para concorrer novamente e admitiu que conversou com alguns partidos, incluindo o PTB. Negou, porém, que já tenha decidido seu futuro. “Estou livre para ir para qualquer lugar e para articular o que vou ou não fazer”, concluiu.

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