O alerta feito pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) sobre os valores pagos aos profissionais da saúde em Santa Cruz do Sul continua repercutindo. Na tarde dessa quinta-feira, 14, o presidente da entidade, Marcos Rovinski, concedeu entrevista aos jornalistas Leandro Porto e Aline Silva, no programa Rede Social da Rádio Gazeta 107,9 FM. Ele reafirmou a falta de diálogo com a Secretaria Municipal da Saúde.
Rovinski recordou de um contato feito em 2022, quando esteve com a prefeita Helena Hermany (Progressistas), e destacou a disponibilidade da chefe do Executivo para a manutenção de uma mesa de diálogo permanente, visando a atualização do plano de carreira dos médicos. A legislação é considerada pelo presidente do Simers como uma iniciativa pioneira e que deve servir de exemplo para outros municípios.
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Contesta, porém, a falta de atualização, em especial dos vencimentos, e a falta de pagamento de valores referentes à insalubridade. Acrescentou a questão da segurança, pois alguns profissionais teriam de ficar com as chaves das unidades por chegarem antes ou saírem depois que os demais. O representante da entidade sindical acredita que mantendo os salários como estão, atualmente, pode haver debandada de médicos do município.
Secretário aguarda contato do Sindicato dos Médicos
O vice-prefeito e secretário da Saúde, Elstor Desbessell, em contrariedade ao que disse o presidente do Simers, afirma que teve um encontro no mês passado e o sindicato teria ficado com seu contato pessoal. “Ao invés de voltar a fazer contato, foram para a imprensa e publicaram a pedido. O interesse também é deles, é só fazerem contato e a gente marca uma próxima reunião”, adiantou.
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Desbessell entende que quem está colocando dificuldades e entraves a essa aproximação é o Simers. “Eles solicitaram uma reunião e prontamente os atendi. Por que não fizeram o mesmo e solicitaram uma nova reunião?”, questiona. Em sabatina na Câmara de Vereadores na noite da última quarta-feira, 13, o secretário teria apontado questionamento sobre o que poderia estar incitando a cobrança do sindicato, sobretudo diante das declarações de Rovinski, no último ano, de que Santa Cruz seria um “oásis” para o setor.
“O Simers tem um só partido político, que é o do médico. Somos um sindicato com 15.360 sócios, que acreditam na defesa trabalhista e institucional; não nos envolvemos na questão político-partidária”, ressaltou Rovinski. Ele reforça que a entidade está pronta para negociar. “O importante é termos médicos satisfeitos, o que repercute em qualidade nos serviços à população.”
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Sobre a questão salarial, o vice-prefeito e secretário da Saúde diz estar ciente de que o valor inicial é abaixo do praticado em algumas cidades da região. No entanto, o plano de carreira faz com que a progressão permita uma recuperação e ampliação com o passar dos anos. Na sabatina da Câmara, reforçou que a insalubridade fora incluída no salário, quando da extinção, em 2001.
Como atualização do plano de carreira – instituído em 2019 –, no último dia 29 de agosto tornou-se lei a nova definição de carga horária dos médicos estatutários, com a possibilidade de 20, 24 e 40 horas semanais, além da oportunidade de eventual redução da quantidade de horas trabalhadas, em comum acordo com a Prefeitura.
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