O presidente da Associação dos Amigos Especiais (Adae), de Vera Cruz, Luiz Carlos Souza, resolveu unir o esporte e o auxílio a quem precisa em uma única iniciativa. Atento às necessidades da entidade, ele criou a Corrida Virtual Solidária e vai “vender” quilômetros para ajudar. No próximo sábado, dia 27, o atleta vai competir na Travessia Torres Tramandaí (TTT) e até lá quer arrecadar uma quantia razoável para adquirir guinchos hidráulicos, orçados em cerca de R$ 3,2 mil. Os equipamentos serão utilizados por dois cadeirantes e membros da associação que, hoje, enfrentam dificuldades para se locomover.
O funcionamento da campanha é simples. Os interessados devem entrar no site Youmovin https://goo.gl/8CtD2a até a sexta-feira, dia 26, e realizar o cadastro como se fossem, de fato, competir. No endereço online, cada quilômetro é vendido por R$ 1,00, mas a compra mínima é de cinco quilômetros: R$ 5,00.
Os solidários que quiserem “correr” mais longe podem comprar 10, 15, 21, 42 e 82 quilômetros, por R$ 10, R$ 15 e assim sucessivamente. “Às vezes as pessoas acham estranho: como um atleta sem deficiência é presidente de uma associação de pessoas com necessidades especiais? Eu represento minha filha autista e o quanto eu puder ajudar a associação, farei o possível”, afirma.
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Segundo ele, a ideia de direcionar a campanha para a compra dos guinchos se deu devido aos relatos das esposas dos cadeirantes Marcelo Oscar da Silva, 54, e Leandro Rogério Iser, 40 anos, que afirmaram vislumbrar nos equipamentos um alívio na rotina.
“Fica difícil para elas, já que precisam ajudar os maridos a sair da cama, sentar na cadeira de rodas e vice-versa.” Dúvidas sobre a Corrida Virtual Solidária podem ser esclarecidas diretamente com Luiz pelo telefone (51) 9 9995 4909.
A Adae
A Associação dos Amigos Especiais (Adae) de Vera Cruz foi criada em fevereiro do ano passado e já reúne cerca de 40 membros. Com reuniões mensais, a entidade tem o objetivo de proporcionar mais qualidade de vida aos seus associados. Recentemente, a Prefeitura doou o prédio que abrigava a Escola Municipal Dom Pedro II, em Rincão da Serra, para ser a sede oficial do grupo. Segundo o presidente Luiz Carlos Souza, entre as próximas metas estão a implantação de um projeto de educação física adaptado para deficientes e musicoterapia para autistas. Interessados em conhecer o trabalho da associação podem acessar a página Adae Mãos Dadas.Publicidade
“A corrida é o meu refúgio”
Foi depois de descobrir o autismo na filha Eduarda, 11 anos, que o chapeador Luiz Carlos Souza deu início a uma atividade que hoje lhe é indispensável. “Encontrei na corrida uma fuga e, posteriormente, o meu equilíbrio. É o momento onde medito e encontro a paz de espírito.”
Nesse ritmo, Souza se prepara para o maior desafio desde que passou a investir em rústicas e outras competições de corrida: serão 82 quilômetros. “No último treino, fiz 60 quilômetros e acredito estar preparado. A motivação bate ainda mais forte porque sei que vou ajudar.”
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Quem vai receber
- Marcelo Oscar da Silva, 54 anos, diagnosticado com distrofia muscular, popularmente conhecida como síndrome de Becker
- Leandro Rogério Iser, 40 anos, tetraplégico
Interessados em doar com regularidade para a Adae podem depositar qualquer quantia para a conta Sicredi/Conta poupança/Agência: 0156/Conta: 19186-7
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