O processo licitatório que dá sequência ao plano da Câmara de Vereadores de construir a sede própria teve alterada a data para abertura das propostas técnicas. O prazo para recursos foi estendido até a segunda-feira que vem. A mudança é justificada porque uma empresa, que havia sido desclassificada na fase anterior, manifestou-se alegando ter apresentado documentação dentro do tempo estipulado. A contestação foi feita pela Filipe Jacopucci Arquitetura, que tem sede no Rio de Janeiro. Agora, 12 empresas permanecem na disputa para realizar o projeto da sede.

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O presidente da Câmara de Vereadores, Gerson Trevisan, destacou a grande procura de empresas. “É uma licitação importante, de um projeto amplo e bonito. Esperamos o melhor, que possamos escolher a melhor empresa, dentro das regras”, afirma.

Trevisan acrescenta que está feliz com o desenrolar e não tem encontrado problemas, tendo o acompanhamento do departamento jurídico da Casa. “Ficamos felizes pelo processo, porque não há problemas”, reforça. O presidente entende, no entanto, que seria melhor uma regionalização para a escolha de prestadores do Estado, mas está ciente de que isso é inviabilizado pelo mecanismo que regra as licitações públicas.

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Sobre os recursos para a obra, Trevisan ressalta que uma negociação com o Executivo, estabelecida no fim do ano passado, garantiu a ampliação dos recursos para a Câmara, passando de R$ 16 milhões para R$ 18 milhões. Frisa, porém, que o Legislativo tem mantido regime de economia, o que faz com que a quantia repassada fique abaixo do que define a legislação. De acordo com o presidente, tendo em vista o orçamento municipal, poderia chegar a até R$ 45 milhões. “Se der tudo certo, espero deixar tudo pronto para o próximo gestor da Câmara para a parte da construção. Quem sabe, até o final do ano, a gente consiga colocar pelo menos um tijolinho”, conclui.

Saiba mais sobre o prédio da Câmara

O projeto da nova sede prevê um prédio com quatro andares, em formato de “L”, com acesso pelas ruas 7 de Setembro e Marechal Deodoro, no centro de Santa Cruz do Sul; serão 40 vagas para estacionamento e bicicletário; adaptação para reaproveitamento de recursos naturais; gabinetes para os vereadores; salas de uso comum; salas para os servidores; dois elevadores e um plenário com 550 metros quadrados e capacidade para 250 cadeiras. Atualmente, o Legislativo funciona no prédio locado em 2015, que demanda investimento próximo de R$ 60 mil mensais em aluguel.

No último ano, a então presidente Bruna Molz (Republicanos) reiniciou o processo com o intuito da construção da sede própria. Por questões burocráticas, a licitação inicial teve de ser cancelada, necessitando da contratação de um engenheiro para acompanhamento. Os vereadores aprovaram essa contratação, o que permitiu a evolução.

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Atual líder do governo, Bruna reforça que se empenhou, porque a nova estrutura deve atender à demanda por mais cem anos. Também prevendo o crescimento da população e, por consequência, do número de vereadores, a ex-presidente defende que sejam construídos mais do que 17 gabinetes – número de legisladores. Acredita que devam ser concluídos até 23 espaços.

Outra novidade planejada para o prédio é ter sala de presidência e vice-presidência. “No pavimento de baixo pensamos em fazer o estacionamento, até porque o terreno é mais baixo. No segundo pavimento, a entrada e o plenário; pela nossa ideia, conseguiríamos fazer um plenário praticamente igual ao nosso e usaria todas as coisas”, explica Bruna.

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