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Preservação do Arroio Andréas minimizou os estragos em Vera Cruz

Foto: Alencar da Rosa

Arroio Andréas é responsável por 70% do abastecimento da cidade de Vera Cruz

O recente episódio da enchente avassaladora na região é mais um sinal de que é hora de mais investimentos em práticas ambientais que visam à preservação. Um exemplo é realizado pelo Programa Protetor das Águas, de Vera Cruz. A iniciativa privada existe desde 2011, com foco no Arroio Andréas, situado no interior do município. O manancial de água é responsável por 70% do abastecimento da área urbana e há 13 anos recebe atenção especial do programa, que conta com a parceria da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e empresas privadas.

A ação envolve proprietários de terras às margens do Arroio Andréas. Participam 103 produtores rurais, totalizando 106 propriedades que juntas somam 224 hectares de preservação ao longo do curso d’água. “O programa ocorre por meio de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), partindo da adesão voluntária do proprietário. Após, uma equipe técnica faz visitas na propriedade com uma vistoria e identifica essas áreas”, explicou a coordenadora-geral do Protetor das Águas, Tanise Etges, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

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O programa já está preservando 129 nascentes no arroio. De acordo com Tanise, isso representa cerca de 1 mil hectares. A iniciativa é a única no Rio Grande do Sul que conta com o certificado da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O coordenador técnico do programa, Marcelo Kronbauer, ressaltou que a Unisc atua no processo de campo, em tarefas como definir o valor a ser pago aos proprietários e fazer as análises da água.

O valor investido nesse tempo chega a R$ 3 milhões. “Com essa enchente, onde temos a preservação do arroio ficou clara a resistência das margens, sem alteração no curso mesmo com a elevação do nível. Onde não há preservação, houve registro de erosão em algumas lavouras.”

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Análise do Rio Pardinho 

O Rio Pardinho sofreu com a enxurrada registrada no começo do mês. Ela resultou na erosão do leito, modificação no curso d’água e devastação de áreas verdes. Grande parte da água ocasionou as enchentes na região, como em Sinimbu e Santa Cruz do Sul, no Bairro Várzea.

A exemplo do Arroio Andréas, que nasce na divisa com Sinimbu, o Pardinho também desce por essa região. Analisando os efeitos da enchente no curso do rio, a coordenadora-geral do Protetor das Águas alerta que não adianta trabalhar em pequenos focos. “Ficou comprovado que não resultará no efeito esperado, pois todo o manancial funciona de forma integrada. Será preciso olhar como um todo para o Rio Pardinho”, diz Tanise Etges.

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*Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback

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