Santa Cruz do Sul foi a cidade com mais casos e mais mortes causadas pela dengue no Rio Grande do Sul no ano passado. Foram 4,5 mil infecções autóctones – ou seja, pessoas que pegaram a doença no município – e cinco óbitos. Os dados foram divulgados nesta semana pelo coordenador de Atividades Ambientais da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Luis Fabiano Casseres.
O município respondeu por 45% das mortes por dengue no Estado em 2021. Em todo o Rio Grande do Sul foram 11 registros. O número de casos da doença em Santa Cruz é ainda maior em levantamento da Prefeitura, que registra 5.048 moradores infectados ao longo do ano. O pico de casos foi a última semana de maio, quando cerca de mil pessoas com dengue procuraram a rede de saúde de Santa Cruz, segundo a CRS.
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Até a última quinta-feira, 3, foram notificados 173 possíveis casos de dengue em Santa Cruz em 2022. Cinco estão confirmados e outros 77 ainda aguardam resultados de testes. Casseres avalia que, pelo panorama atual, o município tende a ter, novamente, neste ano, muitos registros da doença. “De novembro (de 2021) até o mês de janeiro (de 2022), a gente já conseguiu verificar que houve aumento significativo da presença de larvas (do Aedes aegytpi, mosquito transmissor da dengue) em diversos bairros da cidade. Muito preocupante isso. Muito similar ao quantitativo de larvas que a gente teve no início do ano passado. Então o município corre, sim, risco de repetir uma grande quantidade de casos esse ano”, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.
O coordenador de Atividades Ambientais da 13ª CRS explica que foram identificadas larvas do Aedes aegypti em 1% dos imóveis urbanos de Santa Cruz. Na média, o índice já é considerado muito elevado e há bairros onde ele é bem maior. A localidade com mais registros é o Bairro Schulz, mas também foram localizados muitos criadouros do mosquito nos bairros Bom Jesus, Universitário, Avenida, Várzea, Arroio Grande, Pedreira, Ana Nery e Bonfim.
O problema, segundo o especialista, é a dificuldade em eliminar os criadouros do inseto, que se reproduz na água parada, mesmo que em quantidades muito pequenas. Embora haja fiscalização, é necessário que haja colaboração constante da comunidade. “O agente de endemias não é responsável por limpar o pátio da pessoa. Ele é responsável por fazer a visitação e instruir a pessoa”, destacou Casseres.
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Os ralos também são pontos que merecem atenção. Durante as fiscalizações no município, os agentes perceberam que muitas vezes os equipamentos acabam retendo um pouco de água, propiciando o desenvolvimento de larvas.
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A avaliação da Secretaria Municipal da Saúde também é de risco de mais um ano com muitos registros de dengue em Santa Cruz do Sul. Os agentes de combate a endemias da Vigilância Sanitária local terminaram, na última quinta-feira, 3, o Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (Lira). Os resultados serão divulgados na segunda-feira, 7, mas a avaliação preliminar é de aumento exponencial nos focos do mosquito transmissor da doença.
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Foram visitados 2.564 imóveis. Em praticamente todos os bairros da cidade e nas localidades de Pinheiral, Rio Pardinho e Monte Alverne, no interior, foram identificadas larvas do Aedes.
Entre os criadouros percebidos estão brinquedos de criança esquecidos em pátios, regadores e até calçados. “Pedimos para que os moradores mantenham os cuidados básicos, não deixem recipientes expostos, por exemplo, pois com o intenso calor e as pancadas de chuva, é um ambiente favorável para o desenvolvimento dos mosquitos”, declarou a secretária de Saúde de Santa Cruz, Daniela Dumke.
Com informações do repórter Adriano Júnior e da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santa Cruz do Sul
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