Um levantamento parcial divulgado pela Emater/RS-Ascar indica que Venâncio Aires já soma quase R$ 40 milhões em prejuízos causados pela estiagem. Os locais mais afetados são Estância Nova e Vila Palanque, com pontos críticos também em Linha Brasil, Linha Andreas e Santa Emília. A principal cultura afetada é o milho safra, com perdas na ordem de 40% das lavouras, somando mais de R$ 24 milhões. A previsão inicial de produtividade, que era de 8,3 mil quilos por hectare, já caiu para 5 mil quilos.
Conforme o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar, Vicente João Fin, as perdas no milho são uma estimativa parcial contabilizada entre os dias 1º de novembro e 20 de dezembro. A situação da soja também preocupa, com quebra de 70% nas áreas atingidas pela seca. E o cenário ainda pode piorar. “Considerando que essas perdas já são consideradas irreversíveis e os números podem aumentar se confirmada a previsão de um verão muito seco, corremos o risco de grandes prejuízos para o município”, afirma Fin.
A produção de moranga e melancia tem perdas na casa dos 50%. Já o tabaco, em fase final de colheita, registra prejuízos menores. Ainda assim, as plantas que permanecem no campo podem acabar queimando com o sol, reduzindo assim a qualidade do produto final. Segundo o levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Venâncio Aires, 1.750 famílias são afetadas pela falta de chuvas.
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Além disso, a água para o consumo humano e para os animais também está escassa. Caminhões-pipa da Prefeitura estão levando água para pelo menos cem famílias em várias localidades do interior do município, com destaque para a comunidade do Barro Branco. Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Gilberto dos Santos, 50 mil litros diários são transportados para abastecer as propriedades. Os levantamentos técnicos da Emater/RS-Ascar e do Município vão embasar o decreto de situação de emergência que deve ser publicado ainda nesta semana.
Município vizinho de Venâncio Aires, Mato Leitão enfrenta situação semelhante. A estiagem já provoca perdas de quase R$ 15 milhões no setor primário, puxadas pela significativa quebra nas lavouras de milho, com 45% de perdas nos 2,5 mil hectares cultivados. Na silagem, a quebra até o momento é de 30%, preocupando os produtores de leite, que já relatam aumento de custos e redução de 20% na produção. A soja ainda se desenvolve bem, mas se o déficit hídrico persistir, as perdas podem chegar a 40%. A Prefeitura, o escritório local da Emater/RS-Ascar e a Defesa Civil levantam dados para embasar o decreto de situação de emergência.
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