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Prefeitura vai custear internet de estudantes da rede municipal

Às vésperas da retomada das aulas presenciais, a Prefeitura de Santa Cruz do Sul confirmou que pretende passar a custear o acesso à internet para todos os estudantes da rede municipal de ensino. Com os rumos da pandemia ainda incertos e a tendência de incorporação cada vez maior da tecnologia à educação, a ideia é que o projeto saia do papel nos próximos meses.

Atualmente, a oferta de internet patrocinada já existe para alunos da rede estadual e em alguns municípios do Estado. A intenção é assinar contratos com as quatro principais operadoras de telefonia – Vivo, Claro, Oi e Tim – para que os alunos possam assistir a aulas remotas e acessar materiais de apoio de forma gratuita. A Prefeitura vai pagar as operadoras por todo o consumo de dados voltado ao ensino. Ao todo, são cerca de 11 mil alunos matriculados nas 47 escolas mantidas pelo Município.

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De acordo com o secretário de Educação, João Miguel Wenzel, o governo já está em contato com as empresas e a intenção é que isso se torne uma realidade “o quanto antes”. O sistema, segundo ele, também vai permitir uma visão exata da realidade das famílias que utilizam a rede municipal quanto ao acesso à internet. Também está no horizonte do governo um programa voltado a famílias que eventualmente não tenham acesso a dispositivos eletrônicos.

A secretaria decidiu ainda adotar uma plataforma digital padrão para toda a rede, que será a Google Classroom. A ferramenta, já utilizada na rede estadual e em algumas escolas privadas, permite o compartilhamento de todos os tipos de arquivos. A ideia é que passe a funcionar como um acessório às aulas presenciais, além de permitir a realização de aulas virtuais. “Independente de as aulas serem híbridas ou presenciais, a tecnologia vai fazer parte da educação. E a pandemia nos mostrou que estamos muito atrasados”, disse.

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Conforme o coordenador do Núcleo Tecnológico Municipal, Maurice Brandão, o acesso à plataforma é gratuito, mas a Prefeitura contratou empresas para fazer a implantação e oferecer treinamento aos professores. A expectativa é de que a utilização comece em cerca de 60 dias. “O professor poderá disponibilizar, por exemplo, a tarefa de casa pela plataforma. É um avanço muito significativo para a nossa área”, disse ele. Para a prefeita Helena Hermany (PP), investimentos em tecnologia na educação são urgentes. “Os alunos precisam estar habituados com essas ferramentas. A realidade do mercado de trabalho cada vez mais será assim”, observou.

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Como vai funcionar

A partir da contratação das operadoras de telefonia, será desenvolvido um aplicativo exclusivo para uso na rede municipal de ensino, que poderá ser baixado no celular ou tablet. O acesso ao Google Classroom, plataforma por meio da qual serão disponibilizados conteúdos e realizadas as aulas remotas, se dará por esse aplicativo.

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Enquanto o estudante estiver usando o aplicativo, todo o acesso à internet dentro dele será bancado pela Prefeitura – os acessos fora do aplicativo não entram no plano. Os estudantes, porém, não terão nenhum limite de tempo para usar o app. Como o acesso será identificado por meio de um login, esse consumo vai gerar relatórios que serão encaminhados ao Município para remunerar as operadoras. Esses relatórios também permitirão à Prefeitura identificar alunos que eventualmente não estejam conseguindo acessar a ferramenta.

Estudantes que não tenham pacotes de dados contratados também terão acesso ao aplicativo. Só não será possível acessar em regiões onde não existe sinal de telefonia.

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