A Prefeitura de Santa Cruz do Sul está reunindo documentos para iniciar o processo de contratação de empresa especializada para avaliar as medidas a serem adotadas na encosta da rua João Werlang, no Bairro Belvedere. O ponto da cidade tem registrado historicamente movimentos de massa, principalmente em trechos das ruas João Werlang, Antônio Assmann, e Carlos Luis Kolberg. A área, repleta de declives, é considerada geologicamente instável, explica o geólogo da Secretaria de Planejamento e Governança, Mário Gilberto Ferreira Esperança Júnior.
Conforme o profissional, as rochas que compõe o maciço são bastante fraturadas e agem como drenos, principalmente durante os períodos de chuvas intensas, como tem ocorrido nas últimas semanas. “O movimento contínuo e a maior pressão exercida pela água, tanto nos poros quanto nas fraturas das rochas, acabam por promover a instabilidade do terreno, o que eventualmente leva a deslizamentos e quedas de blocos”, explica.
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O geólogo destaca, ainda, que a retirada irregular de vegetação também contribui para a ocorrência de tais eventos, acelerando o fluxo de água no solo, que se encharca rapidamente e torna-se mais maleável e suscetível ao risco de deslizamentos.
No momento, as áreas que apresentam instabilidades estão isoladas e sendo monitoradas por técnicos da Prefeitura e, ao constatar qualquer possibilidade de riscos, a população deve imediatamente comunicar a Defesa Civil, órgão subordinado à Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmob), pelo telefone 199.
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Conforme o titular da pasta, secretário Valmir José dos Reis, o tema vem sendo tratado com seriedade. “É prioridade os ajustes necessários que visem a segurança da comunidade”, afirmou. A proposta elaborada pela área técnica da Prefeitura prevê a contratação de empresa especializada, para a elaboração de estudo geológico-geotécnico, incluindo análises hidrológicas e topográficas, além de ensaios de solo sofisticados.
As informações geradas no levantamento serão utilizadas na elaboração de um projeto de contenção de encostas. A área incluída no projeto compreende as ruas João Werlang e Antônio Assmann, e partes da Carlos Luis Kolberg e Travessa 1, assim como o trecho da BR-471 a ser futuramente duplicado, entre o trevo do Bairro Bom Jesus até o Hospitalzinho. Estão previstos quatro meses de estudos até a elaboração do projeto final, que posteriormente deverá ser executado, de modo a impedir a continuidade dos riscos geotécnicos na área.
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