O governo de Santa Cruz decidiu prorrogar até o fim do ano o subsídio ao transporte coletivo urbano. O benefício, porém, será reduzido gradativamente. A ideia é, em janeiro, implementar uma série de mudanças no serviço para torná-lo sustentável sem a necessidade de aumento de tarifa.
A lei que autorizou o subsídio previa um aporte mensal de até R$ 280 mil por, no máximo, seis meses. Ao todo, R$ 1,6 milhão foram repassados ao Consórcio TCS entre abril e setembro para cobrir parte do déficit operacional. A apuração do prejuízo vinha sendo feita mensalmente pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst).
Um projeto estendendo os pagamentos até dezembro será enviado à Câmara na próxima semana. A ideia é que o teto do benefício caia para R$ 250 mil em outubro, R$ 200 mil em novembro e R$ 150 mil em dezembro. Um dos argumentos para a decisão é a reação verificada no movimento de passageiros nos últimos meses: reportagem dessa quarta-feira da Gazeta do Sul mostrou que, entre março e setembro, o volume de passageiros aumentou 81%, acompanhando as flexibilizações nas atividades econômicas. A operação, porém, continua no vermelho.
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Durante café da manhã com jornalistas nessa quarta, 27, a prefeita Helena Hermany (PP) e o secretário municipal de Segurança e Mobilidade Urbana, Everton Oltramari, defenderam a extinção gradual do subsídio. “Todos sofreram os impactos da pandemia. Não dá para usar dinheiro público em um único setor”, alegou Helena.
A reforma no serviço será realizada à luz de um estudo que está sendo elaborado por uma empresa licitada. Conforme Oltramari, a intenção é reduzir o custo da operação para alcançar um equilíbrio econômico-financeiro. Além do aumento na demanda, o Palacinho conta com a licitação do estacionamento rotativo pago – o edital vai prever que parte da arrecadação, hoje canalizada integralmente para a segurança pública, possa ser aplicada no transporte público.
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Com isso, o desejo é, no mínimo, manter a tarifa nos atuais R$ 4,45. “Em um mundo ideal, nós conseguiríamos até baixar a passagem. Mas se conseguirmos mantê-la congelada, já será muito bom”, disse o secretário.
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