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Santa Cruz

Prefeitura quer contratar médicos residentes para os postos

Clínicos gerais que estão fazendo residência médica em saúde da família são a aposta da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul para amenizar o problema da falta de profissionais em postos da cidade. Nas unidades Cristal, Progresso, Glória e Rio Pardinho as consultas já são marcadas para junho e a falta de médicos é apontada como um dos principais motivos para a demora. No início desta semana a Câmara de Vereadores autorizou a contratação emergencial de 12 médicos para a rede municipal.

Um projeto de lei elaborado pela secretaria foi entregue nesta quarta-feira para análise do Conselho Municipal de Saúde. A próxima reunião é no início da semana que vem. Se a proposta for aprovada, segue para discussão na Câmara de Vereadores. “É uma forma de mantermos as equipes de saúde da família completas e, assim, garantirmos um melhor atendimento à população”, explicou o prefeito Telmo Kirst (PP).

A ideia da Prefeitura é pagar um complemento de R$ 2 mil por mês à bolsa de R$ 3,3 mil por mês que os residentes em saúde da família já recebem do Ministério da Saúde para atuarem em projetos nos bairros mantidos pela Unisc. Caso a Câmara aprove o projeto de lei, inicialmente serão contratados cinco residentes. No ano que vem seriam mais cinco contratações. A bolsa da Prefeitura será de 60 horas semanais de trabalho, sendo 40 horas de atendimento nos postos de saúde e 20 horas em plantões e aulas teóricas.

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“Estamos adotando várias medidas para suprir a falta de médicos e fazer com que os profissionais, após ingressarem na rede de saúde pública, ali permaneçam, construindo vínculos com as comunidades e contribuindo para elevar ainda mais a qualidade da saúde em nosso município”, disse o secretário de Saúde, Régis de Oliveira Júnior. Ele destaca que “é na rede de atenção básica, com trabalho preventivo, que está a solução para 90% dos problemas de saúde da população”. O secretário reforça que os residentes “são profissionais formados, clínicos gerais que estão fazendo especialização em saúde da família”.

A médica Clauceane Venzke Zell, diretora da Secretaria Municipal de Saúde, diz que a bolsa proposta pela Prefeitura é também uma forma de valorizar o médico especializado em saúde da família, segmento que ainda é pouco reconhecido no mercado e no ambiente acadêmico. “A maioria desses profissionais vai trabalhar pelo SUS, onde os salários não são tão atrativos em relação a outros setores. Isso leva muita gente a buscar outras especialidades”, destaca, dizendo que os residentes em saúde da família são treinados para um atendimento mais humanizado e para manter uma relação de confiança com os pacientes.

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