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Prefeitura quer alterar contrato para evitar reajuste da passagem de ônibus

Já está pronto o estudo que avaliou a atual situação do transporte coletivo urbano em Santa Cruz do Sul. Ele foi contratado pela Prefeitura para buscar alternativas contra a perda de passageiros, o que impacta diretamente na elevação do custo da passagem.

Uma das alternativas sugeridas é mudar o atual contrato, assinado com o Consórcio TCS no fim de 2016 e que entrou em vigor em fevereiro de 2017. A proposta de reequilíbrio financeiro já está em análise na Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados (Agerst). A sugestão foi encaminhada pela Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos.

O Executivo quer alterar algumas exigências que precisam ser cumpridas pelo atual administrador do serviço, como a quantidade de ônibus exigidos. Hoje, o contrato estabelece 57 veículos para rodar, além de seis reservas, que são acionados em caso de urgência. Pela nova proposta, o montante passaria para 48 em uso e mais cinco reservas, o que representa dez ônibus a menos.

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A prefeitura garante, no entanto, que isso não significa corte de horários ou redução de linhas. A eliminação deve se dar nos chamados reforços, que são carros a mais oferecidos em horários de pico. A justificativa é que o estudo apontou que não existe superlotação nos roteiros atuais e que apenas 7,5% dos veículos registram passageiros em pé. As linhas com maior demanda partem do Arroio Grande e Esmeralda, seguidas pelo eixo Menino Deus/Carlota.

Essa redução da frota mínima exigida, somada a revisão dos indicadores e coeficientes de operação do transporte urbano, pode impedir um eventual reajuste da passagem. Pelo contrato, a definição do valor do bilhete ocorre sempre no mês de fevereiro de cada ano. Atualmente, o custo está em R$ 4,25.

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Com elevações significativas a cada ano, há uma redução no número de passageiros, o que pesa no reajuste do período seguinte. Somente entre janeiro e setembro de 2019, quase 317 mil pessoas deixaram de utilizar os ônibus urbanos em Santa Cruz, na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda é de 35 mil passageiros pagantes por mês.

Com a mudança no contrato, os custos do Consórcio TCS devem baixar e isso impacta na formação do preço da passagem. Um exemplo é a exigência de 100% da frota com ar-condicionado que precisa ser cumprida até fevereiro. Hoje, 43 ônibus já possuem climatização. Se houver redução na quantidade total de carros que precisam estar à disposição do transporte urbano, vai cair o custo de adequação dos ônibus, o que pode ajudar a baixar ou mesmo eliminar o próximo reajuste.

O estudo encomendado pela Prefeitura também avaliou a possibilidade de substituir alguns dos tradicionais carros usados hoje por micro-ônibus. No entanto, a conclusão foi de que o custo de operação ficaria praticamente igual, o que fez o município desistir da ideia.

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Já a mudança sugerida no contrato para reduzir a frota exigida está em fase de análise pela Agerst. A agência reguladora também deve realizar uma atualização dos custos que servem para compor a atual tarifa. Se aprovado o ajuste, a Prefeitura pode fazer a alteração sem necessidade de enviar projeto para a Câmara de Vereadores, uma vez que acordo firmado com o consórcio não passa pelo Legislativo.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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