O governo de Santa Cruz do Sul voltou a negar nesta quarta-feira, 27, a intenção de desmantelar o gabinete da vice-prefeita Helena Hermany (PP). A Prefeitura enviou nota à Gazeta, no meio da tarde, dizendo que o teor do depoimento da servidora Angela Saraiva prestado pela manhã ao Ministério Público “não é procedente” e “não condiz com a verdade dos fatos”.

Angela contou ao promotor Érico Barin que na terça-feira da semana passada recebeu um telefonema de um diretor da Secretaria Municipal de Administração e Transparência comunicando que estava sendo exonerada da função gratificada (FG) que ocupa como assessora do gabinete da vice-prefeita. Servidora de carreira da Prefeitura, ela teria recebido ordem para se apresentar na Secretaria de Educação. Como já tinha uma atividade prevista para Porto Alegre nos dias seguintes, Angela disse que viajou e, nessa segunda, procurou a secretaria para saber como tinha ficado sua situação. Foi quando descobriu que a exoneração havia sido cancelada.

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Na nota divulgada no meio da tarde, a Secretaria Municipal de Administração e Transparência informa que “não é procedente a declaração da servidora Angela Saraiva que, em entrevista à Gazeta esta manhã, disse ter sido exonerada de sua função gratificada.” O texto acrescenta que “todos os atos de nomeação e exoneração da Prefeitura de Santa Cruz são feitos através de portarias assinadas pelo prefeito. Não houve nenhuma portaria citando Angela Saraiva. Portanto, ela não foi exonerada, tampouco renomeada. A declaração não condiz com a verdade dos fatos”, conclui a nota.

Além de Angela, outras quatro testemunhas do suposto caso de expulsão de Helena Hermany de seu gabinete foram ouvidas pelo promotor. A vice-prefeita também prestou depoimento, bem como o secretário de Administração, Vanir Ramos de Azevedo, que teria mandado Helena despachar de casa. Helena e Vanir não quiseram falar com a imprensa. O promotor Érico Barin também preferiu não dar detalhes dos depoimentos. “O inquérito segue em andamento”, garantiu. O prefeito Telmo Kirst havia sido chamado para prestar esclarecimentos, mas não compareceu e mandou informações por escrito.