Cerca de R$ 1 milhão serão investidos pela Prefeitura na reforma do prédio que irá abrigar o Hospital Veterinário, em Linha Pinheiral, Santa Cruz do Sul. A polêmica envolvendo a venda de um terreno da Câmara teve fim na tarde desta sexta-feira, 5, quando o Palacinho anunciou a retirada do projeto do Legislativo. O próximo passo agora é a formalização de um Termo de Cooperação, por parte da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), que será encaminhado para a Procuradoria Geral do Município (PGM). No documento será definida a forma de desembolso dos recursos, mês a mês.
Além de adaptações na estrutura física, serão necessários inúmeros outros serviços como pintura interna e externa, reformas nas instalações elétrica e hidráulica, climatização, cercamento do prédio, estacionamento. Já o mobiliário e os equipamentos necessários ao funcionamento do hospital serão comprados pela própria Apesc. A cedência de uso do imóvel para a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc), com o fim de implantação do Hospital Veterinário, foi aprovada pela Câmara de Vereadores na sessão do dia 18 de março. O terreno tem 16,5 mil metros quadrados e o prédio possui mil metros quadrados.
Pelo acordo, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) irá construir um cronograma para desembolso dos recursos, que chegarão ao montante estimado de R$ 1 milhão. Esse valor será aplicado pela Apesc na reforma e nas adaptações da edificação, já que o prédio seguirá pertencendo ao Município. A contrapartida da universidade será através da prestação de serviços, desonerando a Prefeitura da contratação de clínicas particulares, como hoje acontece.
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Contrapartida
Em correspondência aos investimentos que serão feitos pelo Município na estruturação do Hospital Veterinário, está uma série de serviços que serão usufruídos pela Prefeitura, ONGs, protetores independentes e pessoas de baixa renda. Os procedimentos, previstos no Termo de Cooperação, que será firmado entre a Semass e a Apesc, incluem tratamento de ferimentos leves e graves, cirurgias, hospedagem, internações, esterilizações, realização de exames, tratamentos básicos como aplicação de vacinas, vermicidas, captura e transporte de animais de pequeno porte, entre outros. Com essa contrapartida, a Prefeitura fica desonerada da contratação de clínicas particulares.
“Passarão mais 20 anos e o terreno continuará exatamente como está”
Para o prefeito Telmo Kirst é inadmissível que em virtude de discussões políticas, Santa Cruz do Sul seja prejudicada com a perda de um investimento que trará inúmeros benefícios para toda a população. “Me entristece os rumos que essa discussão tomou. O terreno da Câmara de Vereadores está há mais de 20 anos sem uso, parado e, somente agora, justamente quando íamos encontrar uma solução, alguns vereadores decidem transformar isso em polêmica. Passarão mais 20 anos e o terreno continuará exatamente como está”, disse.
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A presidente da Câmara de Vereadores, Bruna Molz, lamentou o desfecho do projeto no Legislativo, mas comemorou a solução apresentada pela Prefeitura à Unisc. “Não se trata de uma política pessoal. Conquistei meu mandato defendendo a causa animal e assim seguirei meu caminho”, disse. “É preciso respeito às pessoas, mas também aos animais. Como presidente da Câmara me coloco à disposição do governo sempre que necessário.”
Já a reitora da Unisc, Carmen Lúcia de Lima Helfer, comentou que a decisão de hoje é muito importante porque tira a universidade do foco de uma discussão política. “A partir de agora poderemos dar andamento a uma grande iniciativa que fará muita diferença para Santa Cruz do Sul e região: a existência de um hospital veterinário”.
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