A água que chega nas nossas torneiras e que abastece toda a população é a mesma que vemos nos arroios e córregos que cortam a nossa cidade. Sabendo disso fica mais fácil aprender o quão importante é preservar os mananciais. E é justamente com o propósito de despertar a consciência ambiental desde a infância que Prefeitura de Santa Cruz do Sul e Corsan desenvolvem juntas o Projeto Conhecendo o Arroio das Pedras.
Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, uma série de atividades estão captando a atenção e o interesse de alunos do 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Harmonia. Como verdadeiros responsáveis técnicos, eles percorreram três trechos do Arroio das Pedras – na Avenida Barão do Arroio Grande, na altura das Cucas Helfer; no início da ciclovia, na Avenida Castelo Branco; e ao lado da escola – e analisaram as condições de ocupação humana no entorno do arroio, cor, odor e aparência da água, existência ou não de mata ciliar, assoreamento, presença de animais domésticos, descarte de resíduos sólidos,entre outros.
Conforme explica a bióloga da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (SMMASS), Daniela Silveira, a ideia é fazer com que os estudantes descubram a importância do arroio das Pedras para eles, para suas famílias e para a comunidade. “Só protegemos aquilo que consideramos importante, por isso conhecer é fundamental”, defendeu. O trabalho que iniciou em sala de aula com a parte teórica é interdisciplinar e envolve também os professores de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia que, durante a vigência do projeto, farão diferentes abordagens sobre a temática.
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A multiplicadora ambiental da Corsan, Maria Beatriz Wenzel, explica que a ideia é trabalhar com os alunos o passado, o presente e o futuro do manancial. Um resgate de como era o arroio anos atrás, será feito através de entrevistas com moradores mais antigos do bairro, de fotos ou registros de jornais da época. Com relação ao tempo futuro, será lançada uma reflexão acerca de qual arroio queremos e quais atitudes individuais e coletivas devem ser seguidas. “Aos poucos eles aprendem que tudo está interligado, que nossas atitudes em casa, na escola e no bairro onde moramos definem o meio ambiente que a gente quer”, disse. Ao final do projeto, que culminará na Semana do Meio Ambiente, uma exposição livre será produzida pelos alunos e poderá conter maquetes, redações, poesias, fotos e outros materiais.
Empolgadas com a aula, nada convencional, as colegas Evelin Cristina da Silva e Ketlin Santos, ambas com 12 anos, mostraram que, em pouco tempo, já absorveram a lição e agora são exemplos de cidadãs comprometidas com o planeta. “Acho que as pessoas deveriam cuidar mais, prestar mais atenção no que fazem. Elas jogam muita sujeira no arroio”, alertou Ketlin. “A gente joga um papelzinho hoje, outro amanhã e quando vê têm um montão de lixo”, complementa Evelin.
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