Uma aglomeração em um restaurante de Vera Cruz, na noite desse domingo, 19, tem gerado diversas reclamações de moradores do município. Fotos e vídeos mostram pessoas nas mesas e também em pé, apreciando um show de pagode que ocorria ao vivo, além de diversos veículos estacionados em uma das principais vias do município.
Em comentários nas redes sociais, vera-cruzenses lembram que, enquanto as crianças não podem ir às escolas porque estão fechadas, e no mesmo fim de semana em que a região entrava com recurso para evitar que a bandeira vermelha seja imposta oficialmente, ocorria essa aglomeração e sem o uso de máscaras pela maioria das pessoas que estavam no local.
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Em contrapartida, o Comitê Municipal Extraordinário de Saúde realizou uma reunião na manhã desta segunda-feira, 20, para debater o assunto. Conforme o prefeito Guido Hoff, o decreto no município permite música ao vivo, desde que o local ofereça álcool em gel, mantenha um controle rigoroso do uso de máscaras, que os funcionários sirvam os clientes em bufês e que se mantenha uma distância adequada. “Vamos analisar as filmagens e avaliar no que o local falhou. O proprietário será notificado e multado e, em caso de reincidência, a prefeitura vai avaliar a cedência do espaço”, disse.
Em nota no fim desta manhã, a Prefeitura afirmou que o estabelecimento responderá por uma infração grave. “Pelo risco oferecido aos frequentadores, o Município abriu processo administrativo e autuou o estabelecimento por infração grave, com multa que pode chegar a R$ 1.000,00. O empreendimento terá 15 dias para recurso. Depois desse prazo ocorre o julgamento e a penalização”, disse a nota.
Como medida urgente, o prefeito disse que a partir desta segunda está cortado qualquer tipo de música ao vivo no município e um novo decreto deve ser publicado com esta orientação. “Precisamos ser realistas. Não adianta fiscalizar se a população não colaborar. O povo precisa ajudar.”
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Já o proprietário do local, Luís Fernando Barbosa, disse que mesas e cadeiras foram colocadas inicialmente a dois metros de distância, como ocorre todas as sextas e sábado, e que todos os funcionários estavam de máscara. “Mas, como o restaurante tem área externa, foi inevitável, por um momento, o volume de pessoas, porém só por um momento, e logo tomamos medidas para conter.”
Ele ainda enfatizou que, como as pessoas comiam e bebiam, não havia como estarem de máscara nesses momentos. “Nós sempre exigimos que os clientes e amigos entrem com máscaras, porém, quando começam a se alimentar, não podemos exigir isso”, ressaltando que o local segue todas as regras previstas.
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Sem efetivo
Uma das pessoas que entraram em contato com o Portal Gaz, e que não quis ser identificada, relatou que acionou a Brigada Militar para reclamar da situação e que a corporação disse estar sem efetivo. “E nem precisava ter ligado, o restaurante fica a uma quadra da Brigada, não tinha como não ouvir o barulho”, revelou.
No entanto, segundo o comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Giovani Paim Moresco, a questão não é falta de efetivo, mas sim a quantidade de ocorrências, principalmente de aglomerações registradas no final de semana.
“Foi só esquentar que as pessoas saíram às ruas, em todos os municípios. Então temos outros delitos e mais as aglomerações para atendermos. Em Santa Cruz, por exemplo, ontem (domingo) tivemos cinco ocorrências de junção de pessoas. Em um determinado momento, eram dez ocorrências ao mesmo tempo. Então isso desvia o nosso foco, que é evitar os delitos de maior gravidade.”
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O comandante disse que o que falta é conscientização. “As pessoas parece que esquecem que estamos no meio de uma pandemia, esquecem de usar máscara. O que pode ter ocorrido em Vera Cruz é que as patrulhas não estão parando, estão sempre de um lado para o outro. Então pedimos essa compreensão da comunidade para que evitem aglomerações e situações como a que ocorreu nesse domingo.”
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