A Prefeitura autorizou que o comércio de Santa Cruz do Sul abra as portas em horário ampliado a partir desta quarta-feira, 25. A medida permite a operação de determinados estabelecimentos entre 7h30 e 23 horas. A decisão vale até segunda-feira, 30, e atende pedido de lojistas por causa das liquidações da Black Friday.
Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta, a procuradora-geral de Santa Cruz e integrante do Gabinete de Emergências do município, Trícia Schaidhauer, explicou que a alteração vale também para shoppings, supermercados e hipermercados.
“Isso foi decidido depois de diversos pedidos que chegaram até o Gabinete e também para a Prefeitura. Os proprietários de estabelecimentos alegam que estão preocupados com possíveis aglomerações em filas externas e internas e que seria mais seguro ampliar o horário para evitar isso.”
Publicidade
Tricia enfatiza que o horário não é obrigatório e que a decisão fica a cargo de cada estabelecimento. “Os grupos de risco serão atendidos das 7h30 às 8h30 e o horário máximo de funcionamento é até 23 horas”, diz a procuradora.
LEIA MAIS: Consumidor de Santa Cruz prefere comprar no comércio local
Sindicato cobra negociação prévia
Segundo o presidente do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber, a abertura ou não no novo horário depende de acordo individual entre cada empresa e o Sindicato dos Comerciários, e não apenas do anúncio da Prefeitura. Segundo ele, cada empresa que tiver interesse em abrir no horário estendido precisa procurar a entidade para negociação, já que não existe acordo coletivo para tal mudança.
Publicidade
“Este decreto possibilitou a abertura no horário estendido, mas não garante que a loja possa abrir as portas. É preciso procurar o sindicato”, disse o presidente. A entidade fica na Rua Capitão Fernando Tatsch, 424, no Centro. O telefone para contato é (51) 3711-2658. “Caso a empresa não tenha feito acordo com o sindicato e abra as portas no horário estendido, iremos entrar com ações judiciais”, disse Schwengber.
Sindilojas nega necessidade de acordo
O Sindicato do Comércio Varejista do Vale do Rio Pardo (Sindilojas), por outro lado, afirma que a exigência do Sindicatos do Comerciários não tem base legal. Conforme a advogada da entidade, Adriane Borba Karsburg, não pode ser cobrado um acordo coletivo, porque “desde que o empregador respeite o limite de duas horas extras por funcionário”, pode abrir sem acordo individual ou convenção coletiva.
Segundo Adriane, portanto, as empresas não precisam de autorização especial para abrir – podem ajustar o horário conforme o novo decreto da Prefeitura, sem aval do Sindicato dos Comerciários.
Publicidade
O Instituto Methodus ouviu 400 pessoas entre os dias 26 e 29 de outubro. A pesquisa encomendada pela Gazeta Grupo de Comunicações aponta que a maioria dos consumidores vai às compras na Black Friday em Santa Cruz atrás de eletrônicos, que representam 54,8% da preferência.
LEIA MAIS: Black Friday para um novo consumidor: uma oportunidade ou ameaça
O segundo item é o vestuário, com 19,2% de preferência, seguido por calçados – 10,6%. Para 43,8% dos entrevistados na pesquisa Methodus – Gazeta, a principal motivação está na divulgação das ofertas. Apenas 8,8% dos entrevistados buscam diretamente na internet os produtos em liquidação.
Preço bom e descontos estão entre os chamarizes dos consumidores. A margem de erro estimada da pesquisa é de 4,9 pontos percentuais, de acordo com o Instituto Methodus.
Publicidade
Colaboração do jornalista Ronaldo Falkenback.
LEIA MAIS: Black Friday: atenção aos ataques de hackers antes de comprar pela internet
Publicidade
This website uses cookies.