Repasses externos não confirmados levaram a Prefeitura de Santa Cruz do Sul a arrecadar quase R$ 9 milhões a menos do que o projetado nos primeiros quatro meses deste ano. A posição, segundo a Secretaria da Fazenda, é de cautela.

O balanço das contas do quadrimestre foi divulgado na última sexta-feira. A lei orçamentária de 2015 previa uma receita de R$ 129,5 milhões entre janeiro e abril. Apenas R$ 120,9 milhões, porém, caíram de fato nos cofres municipais. De acordo com o secretário Zeno Assmann, transferências não confirmadas do Estado e União referentes principalmente a programas e financiamentos foram o que mais pesaram na quebra. Repasses para a manutenção de programas federais como o Bolsa Família e o Centro de Referência em Assistência Social (Cras), por exemplo, estão atrasados, o que obriga o município a utilizar verba própria para seguir com o atendimento.

Com uma despesa consolidada que ficou em torno de R$ 96 milhões, o governo conseguiu encerrar o período com superavit de R$ 24,8 milhões em caixa, favorecido sobretudo pela entrada do IPTU, cuja movimentação é mais intensa até a metade de março, quando termina o prazo para pagamento em cota única com desconto. Segundo dados do Portal da Transparência, o tributo rendeu até o fim de abril cerca de R$ 13,5 milhões. Até o fim do ano, a expectativa é de que bata na casa dos R$ 21,8 milhões.