A ampliação significativa da quantidade de resíduos recicláveis recolhidos e o aumento do número de bairros atendidos foram alguns dos pontos destacados no novo projeto de Coleta Seletiva, preparado pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul. As informações foram apresentadas em entrevista coletiva realizada no Salão Nobre do Palacinho no final da tarde desta quarta-feira, 23.

Também estiveram presentes no encontro os secretários Jaques Eisenberger (Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade) e Everton Oltramari (Governança e Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, vereador Henrique Hermany (Progressistas). O anúncio foi precedido pela manifestação de repúdio da prefeita Helena Hermany (Progressistas) com relação às ações promovidas por integrantes da Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) nessa terça-feira, 22.

Novo projeto

Coube a Jaques Eisenberger apresentar o novo projeto de coleta seletiva do município, que já se encontra em fase de preparação da licitação. Conforme o secretário, diante da necessidade de ampliar a coleta seletiva no município, evitar possibilidades de contaminação ambiental e oferecer melhores condições de trabalho aos cooperados, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) elaborou uma proposta que contempla todas essas necessidades.

A Coomcat é responsável pela coleta seletiva solidária em 15 bairros do município. Em 2021, com a coleta de 597,86 toneladas (t) de resíduos, alcançou o aproveitamento de apenas 10,27% de materiais recicláveis, com o custo médio de R$ 1.278,23/t. 

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Com o novo projeto, o prestador selecionado através de licitação atenderá outros 20 bairros, encaminhando os resíduos recicláveis à cooperativa. A expectativa é de que, com o serviço adicional, sejam recolhidos 3.653,16 t/ano de material reciclável e devidamente entregues à cooperativa, o que se reverterá em mais renda para a entidade e para os integrantes. A proposta também apresenta um custo inferior do serviço, com R$ 215,91/t.

Conforme Jaques, o novo projeto não provoca nenhuma alteração no termo de colaboração entre a prefeitura e a cooperativa e não traz nenhum prejuízo à Coomcat. “Eles ainda têm muito espaço para crescer dentro dos bairros onde já atuam”, enfatizou. O secretário também falou sobre as iniciativas de educação ambiental da prefeitura e de estímulo à coleta seletiva, como as estações de sustentabilidade (pontos de coleta para materiais recicláveis instalados nas praças Getúlio Vargas, Hainsi Gralow, Siegfried Heuser e Arroio Grande); o cronograma do Projeto Troca Solidária (onde estudantes da rede municipal trocam materiais recicláveis por alimentos da agricultura familiar). “Temos trabalhado incansavelmente pela melhoria da gestão de resíduos em Santa Cruz”, declarou.

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