A Prefeitura de Santa Cruz ainda estuda como tirar do papel a promessa de revitalização do prédio da Estação Rodoviária. Motivo de queixas de usuários há anos, a deterioração das instalações já foi atestada pela Defesa Civil, que alertou sobre o risco de a estrutura avançar para um estado crítico em pouco tempo.
Na semana passada, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) homologou a transição na gestão do terminal, que é uma concessão estadual. O prédio, porém, pertence à Prefeitura. Atualmente, o Grupo Santa Cruz, que assumiu o convênio com o Estado, paga R$ 8,1 mil de aluguel para manter a área dos guichês, escritórios, lancherias e setores de embarque e desembarque, enquanto o restante do complexo está sob responsabilidade do Município.
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Inaugurada em 1982, a estação jamais passou por uma reforma profunda. Em 2019, a Defesa Civil avaliou as condições do terminal e identificou uma série de problemas, incluindo bases de pilares danificadas pela corrosão. Na ocasião, o laudo técnico recomendou o isolamento da edificação onde funcionava o restaurante, o que ocorreu, e uma intervenção imediata para recuperação da estrutura metálica que sustenta a platibanda, que está comprometida, além de reparos em outras estruturas. “A inércia nesse sentido pode, em curto espaço de tempo, levar a estrutura a se tornar grau de risco crítico”, alertava o documento.
Procurado, o Palacinho informou que a Defesa Civil e a Secretaria de Planejamento vão realizar uma nova avaliação nos próximos dias para “verificar o agravamento ou não” dessa situação. O governo também alegou que possui dois projetos de reforma para o complexo, um orçado em R$ 2 milhões e outro em R$ 6 milhões, mas que eles precisam ser “atualizados e revistos”. A ideia é que o investimento seja realizado pela empresa que assumir a concessão do prédio – a crise econômica decorrente da pandemia, porém, pode dificultar o interesse privado.
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A última licitação foi realizada em 1993 e o contrato venceu em 1999. A partir de então, o convênio passou a ser prorrogado anualmente pela Prefeitura, com autorização da Câmara de Vereadores. Em 2014, porém, o contrato deixou de ser renovado porque a situação fiscal da concessionária à época estava irregular. Após um longo impasse, Prefeitura e empresa chegaram a um acordo a partir do qual o Município ficou responsável por parte da área do terminal.
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Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback
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