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Com saúde no limite, prefeitos desistem de recurso contra bandeira vermelha

Com o aumento do número de casos e a capacidade de atendimento hospitalar em situação crítica, os prefeitos presentes na assembleia extraordinária da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo optaram por não apresentar recurso contra a bandeira vermelha. Assim, a região deverá cumprir pela segunda semana consecutiva as regras mais rígidas do modelo de distanciamento controlado do Estado.

“Foi a primeira vez que votei favorável a não realizar o recurso. Foi uma decisão unânime de todos os presentes. A situação na região está crítica, a capacidade de atendimento hospitalar está preocupante. O momento inspira muitos cuidados e optamos por acatar as regras da bandeira vermelha”, afirmou o prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge.

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Durante a reunião, o médico infectologista e assessor técnico da Amvarp, Marcelo Carneiro apresentou dados que colocam o Vale do Rio Pardo em terceiro lugar no Estado no aumento do número de casos – na semana passada, a região estava na sexta posição.

“A área que engloba Lajeado, que faz parte da macrorregião, aparece em primeiro lugar, piorando ainda mais a média. Das três piores posições, duas são da região dos Vales. É uma situação delicada para discutir um recurso. A capacidade de atendimento sempre foi um dos nossos principais argumentos para reverter as bandeiras, mas estamos no limite. Pela primeira vez na pandemia, chegamos a ficar sem leito de UTI em um dia esta semana”, disse o médico.

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O governo do Estado deve instalar mais cinco leitos de UTI no Hospital Santa Cruz a partir do dia 14 de dezembro. Os gestores pedem que a comunidade continue colaborando evitando aglomerações e utilizando sempre a máscara.

“Sempre estávamos nas melhores posições do Estado na questão crítica de número de casos e velocidade de transmissão do vírus. Mas nas duas últimas semanas a situação se agravou e hoje já estamos na terceira pior posição. Assim, qualquer argumento para reverter a bandeira é muito frágil. Vamos manter a bandeira vermelha e trabalhar para reestruturar a capacidade de atendimento hospitalar da região”, esclareceu o prefeito de Pantano Grande e presidente do Cisvale, Cássio Nunes Soares.

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